Summary: | Este artigo apresenta uma leitura do romance Gabriela, cravo e canela, de Jorge Amado, com enfoque na representação do corpo. A partir dos conceitos de grotesco e de carnavalização, formulados por Mikhail Bakhtin, são abordadas as imagens e referências corporais projetadas na narrativa e a dimensão crítica cultural que essas imagens veiculam. Inicialmente, procede-se a uma apreciação do sistema grotesco de imagens, considerando o seu caráter desviante em relação ao modelo estético legitimado para os corpos na tradição ocidental. Em seguida, no exame do texto amadiano, as figurações do corpo da personagem Gabriela são tomadas como representativas desse universo carnavalizado, que desafia leis e contenções firmadas pela chamada cultura oficial
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