A phýsis em Sexto Empírico e a concepção da natureza como guia para a vida

Este artigo se divide em duas partes. Na primeira seção, após a introdução, mapeamos as diversas ocorrências de “phýsis” ao longo das Hipotiposes Pirrônicas de Sexto Empírico, dividindo-as em 5 categorias: (1) “natureza” como o real, em posição à “aparência”; (2) o “natural” como aquilo que parece p...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Alice Bitencourt Haddad
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia 2019-03-01
Series:Griot: Revista de Filosofia
Subjects:
Online Access:https://www3.ufrb.edu.br/seer/index.php/griot/article/view/1136
Description
Summary:Este artigo se divide em duas partes. Na primeira seção, após a introdução, mapeamos as diversas ocorrências de “phýsis” ao longo das Hipotiposes Pirrônicas de Sexto Empírico, dividindo-as em 5 categorias: (1) “natureza” como o real, em posição à “aparência”; (2) o “natural” como aquilo que parece próprio, pertencente a algo ou alguém; (3) a “Natureza”, como uma dimensão criadora e regente; (4) o “natural” em oposição ao “antinatural”; (5) a “natureza dos homens”. A forma como esses diversos usos aparecem na obra é invariavelmente crítica, como elementos da argumentação contra os dogmáticos, especialmente os estoicos. Na segunda parte do trabalho, entretanto, mostramos como a “phýsis” aparece também de maneira positiva no início das Hipotiposes com a função de guia para a vida, como parte da resposta à célebre objeção da apraxía. Além disso, defendemos a hipótese de que a “natureza”, da perspectiva de Sexto, não se opõe nem ultrapassa as convenções e os costumes; pelo contrário, a natureza é o que é reconhecido por todos e é mesmo determinada pelas convenções e pelos costumes.
ISSN:2178-1036
2178-1036