Caracterização da superfície foliar e das ceras epicuticulares em Commelina benghalensis, Ipomoea grandifolia e Amaranthus hybridus Leaf surface characterization and epicuticular wax composition in Commelina benghalensis, Ipomoea grandifolia and Amaranthus hybridus

Este estudo teve o objetivo de caracterizar a superfície foliar e a composição de ceras epicuticulares das plantas daninhas Commelina benghalensis, Ipomoea grandifolia e Amaranthus hybridus. As ceras foram extraídas, quantificadas e empregadas em cromatografia de camada delgada, a fim de se determin...

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Main Authors: P.A. Monquero, P.J. Christoffoleti, J.A. Matas, A. Heredia
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas 2004-06-01
Series:Planta Daninha
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-83582004000200005
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author P.A. Monquero
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series Planta Daninha
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publishDate 2004-06-01
description Este estudo teve o objetivo de caracterizar a superfície foliar e a composição de ceras epicuticulares das plantas daninhas Commelina benghalensis, Ipomoea grandifolia e Amaranthus hybridus. As ceras foram extraídas, quantificadas e empregadas em cromatografia de camada delgada, a fim de se determinar a composição química. Partes centrais das folhas foram submetidas à microscopia eletrônica de varredura, para caracterização da superfície foliar adaxial e abaxial. Em A. hybridus as ceras foram constituídas basicamente por substâncias hidrofílicas (álcool, ésteres); a superfície foliar não apresentou tricomas ou glândulas, com grande quantidade de estômatos e as ceras formando pequenos grânulos. I. grandifolia apresentou ceras epicuticulares essencialmente hidrofílicas e superfície foliar rugosa, sem tricomas e sem a presença de cristais de ceras. Em C. benghalensis, as ceras apresentaram na sua constituição química os hidrocarbonos (n-alcanos), sendo, portanto, relativamente mais hidrofóbicas, o que pode influenciar a menor penetração de herbicidas hidrofílicos, como o glyphosate. A superfície foliar apresentou tricomas e estômatos recobertos pela cera epicuticular. Foi observada também a presença de ceras dispersas na superfície adaxial. Com base nos dados obtidos, concluiu-se que um dos mecanismos de tolerância em C. benghalensis a herbicidas é a penetração diferencial devido à composição química das ceras epicuticulares, que apresentam componentes de natureza lipofílica em maior concentração que as demais espécies estudadas.<br>This study aimed to characterize the foliar surface and the epicuticular wax composition of the weeds Commelina benghalensis, Ipomoea grandifolia and Amaranthus hybridus. The epicuticular waxes were extracted, quantified and submitted to thin layer chromatography in order to determine the chemical composition. Central parts of the leaves were submitted to electron microscopy to characterize the adaxial and abaxial foliar surface. In A. hybridus the waxes were constituted mostly by hydrophilic substances (alcohols, steres), and absence of tricomes and glandules on the foliar surface, with a great number of stomata and waxes were in the small grains. I. grandfolia presented epicuticular waxes formedchemically by alcohols and esters and a coarse e foliar surface, without trichomess and wax crystals. In C. benahalensis, the waxes presented hydrocarbons (n-alkenes) in their chemical constitution, being relatively more hydrophobic, what can influence the lower penetration of hydrophilic herbicides such as glyphosate. The foliar surface presents trichomess and a lower number of stomata. All the stomata were recovered by epicuticular wax, being possible to observe the presence of dispersed wax on the adaxial surface. Based on the data obtained, it can be concluded that one of the tolerance mechanisms to herbicides in C. benghalensis is the differential penetration due to the chemical composition of the epicuticular waxes, which contain lipophilic components in higher concentration than the other studied species.
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