FUNCIONAMENTOS DE INSTITUIÇÕES EM CENAS DE USO DE CRACK: UM ESTUDO ETNOGRÁFICO

Resumo Na pesquisa que deu origem a este artigo, realizada na cidade do Rio de Janeiro, de 2013 a 2015, analisaram-se os funcionamentos das instituições em relação às cenas de uso de crack e as pessoas que as frequentam, com o objetivo de torná-los inteligíveis. Na perspectiva do encontro entre o Co...

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Main Author: Erick Araujo
Format: Article
Language:Spanish
Published: Fundação Oswaldo Cruz, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio 2019-02-01
Series:Trabalho, Educação e Saúde
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462019000200505&lng=en&tlng=en
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spelling doaj-d283ccac9b11400684e0643fb45720ee2020-11-24T22:16:19ZspaFundação Oswaldo Cruz, Escola Politécnica de Saúde Joaquim VenâncioTrabalho, Educação e Saúde1981-77462019-02-0117210.1590/1981-7746-sol00195S1981-77462019000200505FUNCIONAMENTOS DE INSTITUIÇÕES EM CENAS DE USO DE CRACK: UM ESTUDO ETNOGRÁFICOErick AraujoResumo Na pesquisa que deu origem a este artigo, realizada na cidade do Rio de Janeiro, de 2013 a 2015, analisaram-se os funcionamentos das instituições em relação às cenas de uso de crack e as pessoas que as frequentam, com o objetivo de torná-los inteligíveis. Na perspectiva do encontro entre o Consultório na Rua e aquelas pessoas presentes nessas cenas e que se tornaram, ou não, suas usuárias, joga-se luz sobre as relações tecidas entre essa população e o crack , o próprio Consultório na Rua e instituições como a polícia, a assistência social e outros serviços de saúde. Com base nos dados produzidos pela etnografia, podem ser compreendidos dois polos de ação institucional: um que se aproxima do fazer morrer ou deixar viver, exercendo mesmo um poder soberano de decisão; e aquele segundo o qual a instituição se oferece como apoio existencial e, para tanto, modifica-se a partir do encontro com aquelas pessoas que busca atender. Conclui-se que as inovações, existentes e possíveis, nos serviços de saúde decorrem desse funcionamento no qual as instituições, por meio do que se chamou ‘responsabilidade institucional’, se abrem às transformações acionadas por uma ‘potência minoritária’.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462019000200505&lng=en&tlng=enpopulação em situação de ruacrackSistema Único de Saúde
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