Summary: | As vivências como professoras no contexto da Educação Inclusiva possibilitaram-nos observar que em todas as escolas em que desenvolvemos nosso trabalho, a coordenação pedagógica encontra muitas dificuldades para se firmar no espaço educativo em relação à orientação, no que diz respeito à mediação do professor que atua com o aluno que apresenta deficiência intelectual. Desta forma, acaba por legitimar as dificuldades que os professores também sentem em relação à aprendizagem de tais alunos. Esta problemática conduziu o desenvolvimento desta pesquisa, que teve como objetivo investigar historicamente as relações sociais que estruturam a construção do trabalho do coordenador pedagógico e as implicações na prática social educativa conservadora para a aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual. Os pressupostos teórico-metodológicos do materialismo histórico-dialético e a crítica marxista respaldaram nossas análises aqui realizadas. Tais análises partem do entendimento da realidade concreta do sistema metabólico do capital, e para interpretarmos laçamos mão das Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 4024/61, 5692/71 e 9394/96, pois a LDBEN é aquela que dá o delineamento legal e orienta para a função do coordenador pedagógico. O arcabouço teórico permitiu compreender que as contradições na história da sociedade de classes e a divisão social do trabalho acarretam uma cisão entre o significado da ação do coordenador e o sentido pessoal que essa ação tem para si implicando na prática social educativa conservadora para a aprendizagem dos alunos com deficiência intelectual.
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