Summary: | A religião, segundo a concepção freudiana, tentaria, com algum sucesso, aplacar o sentimento de impotência e fragilidade do ser humano. Amado e temido, protetor e perseguidor, o Deus cristão teria seu protótipo na imago paterna, formada pelas influências do pai ontogenético e do pai filogenético. Este trabalho se propõe a discutir a crítica de Freud à religião, a partir da sua defesa insistente da ciência como um caminho positivo para o desenvolvimento da humanidade. Argumenta que tal defesa é, na verdade, relativa, já que a saída científica seria uma substituta da saída religiosa
tendo em vista a indestrutibilidade do desejo de deus. Na época da técnica, não se falaria mais em Deus-totem, em Deus-Cristão, mas em Deus-homem.
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