Summary: | O artigo trata da metafísica da memória na primeira parte do Livro X das Confissões de Agostinho e tenta mostrar como ele descreve a capacidade humana de lembrar as qualidades sensoriais e os padrões que elas compõem. O exame da memória revela duas questões básicas: em primeiro lugar, em se tratando de problemas ou princípios abstratos, lidamos com as próprias coisas e não apenas com imagens; em segundo lugar, visto que existe a lembrança de nossos próprios estados mentais, a memória é mais que uma simples representação de estados passados; ela deve envolver alguma forma de consciência direta. No caso da memoria Dei, isto é, da presença de Deus na mente humana, Agostinho julga que Deus está na memória só a partir do momento em que foi conhecido: ex quo didici te. Sem esta automanifestação de Deus compromete-se inevitavelmente o mistério da trancendência divina
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