Summary: | O presente trabalho tem origem na disciplina de História do Brasil VI, do curso de Licenciatura em História da Universidade Federal do Acre-Ufac. Os estudos pautaram-se no que predominou na República, a instauração de uma Ditadura Civil-Militar através do Golpe de 1964. Tem-se por objetivo a análise da articulação entre ditadura, rememoração e comemoração, uma vez que, algumas memórias,quando rememoradas e comemoradas, podem ser geradoras de conflitos sociais desrespeitosos aos Direitos Humanos.Portanto, a metodologia teve embasamento na análise do discurso do então deputado federal Jair Bolsonaro, proferido em 2015, em que comemorou o Golpe de 1964. Foi realizada então, uma articulação entre os efeitos da humilhação provocada através da fala, que gerou uma situação traumática, reverberando ressentimentos pelo que os “subversivos” vivenciaram no regime ditatorial, onde prevaleceu o desrespeito, acensura e o impedimento à pluralidade ideológica. A discussão se deu através dos autores,Michel Focault (1996) em seu“A ordem do discurso”; Diego Frichs Antonello (2016) explanando sobre memórias traumáticas;Lopreato (2005) e Pierre Ansart (2004) discorrendo sobre humilhação. Assim,foi possível trazer o entendimento de que a rememoração e a comemoração desse político, gera humilhações e ressentimentos em detrimento da memória coletiva, mediante ao trauma experienciado pelas vítimas do regime. Desta forma,conclui-se que não se deve comemorar este período preponderante na sociedade brasileira, pois o mesmo infringiu e violou os Direitos Humanos causando trauma, ressentimentos e humilhações.
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