Caracterização Petrográfica e Mineralógica de Brechas Magmático-Hidrotermais no Complexo Alcalino de Itatiaia, Estado do Rio de Janeiro: Ocorrências de Fluorita e Minerais de ETR

O magmatismo alcalino meso-cenozoico no Rio de Janeiro consiste em diversos corpos plutônico-vulcânicos, que ocorrem em zonas de fraturas e lineamentos de direção E-W associados desenvolvimento do Rifte do Sudeste do Brasil. Uma das principais ocorrências dessas rochas é o Complexo Alcalino de Ita...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Gustavo Luiz Campos Pires, Everton Marques Bongiolo, Reiner Neumann, Ciro Alexandre Ávila
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal do Rio de Janeiro 2014-01-01
Series:Anuário do Instituto de Geociências
Subjects:
Online Access:http://www.anuario.igeo.ufrj.br/2014_1/2014_1_05_16.pdf
Description
Summary:O magmatismo alcalino meso-cenozoico no Rio de Janeiro consiste em diversos corpos plutônico-vulcânicos, que ocorrem em zonas de fraturas e lineamentos de direção E-W associados desenvolvimento do Rifte do Sudeste do Brasil. Uma das principais ocorrências dessas rochas é o Complexo Alcalino de Itatiaia (CAI), composto principalmente por nefelina-sienitos, diques de fonolito/traquito e brechas magmático-hidrotermais. Neste trabalho é feita a caracterização petrográfica e mineralógica (petrografia óptica, MEV-EDS, difratometria de raios X) destas brechas. As brechas de Itatiaia são constituídas por litoclastos de traquito e cristaloclastos de K-feldspato e biotita imersos em uma matriz microcristalina. Como minerais hidrotermais foram identificados na matriz albita, carbonato, sanidina, clinocloro, pirita (presente também nos litoclastos), biotita, apatita, fluorita, turmalina, sericita, sinchisita (± parisita), Nb-rutilo, esfalerita, epidoto e ortoclásio (adularia?). Minerais intempéricos são representados por gibbsita, melanterita e cancrinita. Destacam-se as ocorrências inéditas de fluorcarbonatos e Nb-rutilo no CAI, minerais raros associados à alteração hidrotermal em rochas alcalino-carbonatíticas. A paragênese hidrotermal e comparação com dados de outras sequências vulcânicas alcalinas do Rio de Janeiro, sugere-se que as rochas estudadas constituem autobrechas tardi-magmáticas/hidrotermais, relacionadas a sistemas epitermais do tipo baixa sulfetação e geradas a partir da interação com fluidos alcalinos de baixa temperatura. A observação de fluorita e minerais de ETR no CAI abre a possibilidade de ocorrência dos mesmos em outros maciços alcalinos do Rio de Janeiro.
ISSN:0101-9759
1982-3908