Summary: | A premissa central deste trabalho pode ser assim enunciada: toda transformação social age sobre a linguagem; toda mudança de linguagem interfere nas relações sociais. A linguagem, especificamente no que se refere ao trabalho intelectual e pedagógico, detidamente nos três componentes centrais – leitura, escrita e desenvolvimento do raciocínio – expressa e constitui o tempo, o tempo que a constitui. A questão central situa-se em avaliar como, dentro e fora da escola, a batalha de linguagem como uma batalha de vida, é acometida pela estrutura das sociedades mundializadas. Dizeres laboratoriais, esotéricos, metafísicos, irônicos, militarizados ganham a cena deste tempo, geram perplexidades e desafiam os que consideram os preceitos da liberdade, da autonomia e da integridade ética, valores para fecundar as relações humanas. Esse desafio encontra na própria linguagem a dimensão infinita e aberta; é o possível humano. O infinito simbólico é a chama e o fermento do infinito humano. Trata-se de produzir sentidos para o que se vê, sente, palpita, interroga. Este é o maior desígnio: pensar e viver.
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