“A CONQUISTA DO AMAZONAS”: ANTÔNIO PARREIRAS E A SUA REPRESENTAÇÃO DA AMAZÔNIA

O quadro “A Conquista do Amazonas”, de Antônio Parreiras, é rico em detalhes e capaz de remeter o expectador ao período colonial, contudo, trata-se de uma produção do início do século XX e nele é possível ver a construção de uma identidade regional pela qual marca o nascimento do Estado do Pará para...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Raimundo Nonato de Castro
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Pará (UFPA) 2019-09-01
Series:Nova Revista Amazônica
Online Access:https://periodicos.ufpa.br/index.php/nra/article/view/7508
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spelling doaj-ced8f8de99de4b0c806cdda9e04aeb1c2020-11-25T03:48:09ZporUniversidade Federal do Pará (UFPA)Nova Revista Amazônica2318-13462019-09-017210.18542/nra.v7i2.75083871“A CONQUISTA DO AMAZONAS”: ANTÔNIO PARREIRAS E A SUA REPRESENTAÇÃO DA AMAZÔNIARaimundo Nonato de CastroO quadro “A Conquista do Amazonas”, de Antônio Parreiras, é rico em detalhes e capaz de remeter o expectador ao período colonial, contudo, trata-se de uma produção do início do século XX e nele é possível ver a construção de uma identidade regional pela qual marca o nascimento do Estado do Pará para além das fronteiras com os outros estados da federação. A produção de um quadro com essa simbologia não poderia ser delegada a um pintor qualquer, nesse sentido, Antônio Parreiras foi responsável por pintar a sua obra-prima que ficaria no Pará como parte do projeto republicano de construção de símbolos nacionais. Com esta encomenda, Antônio Parreiras organizou a sua primeira tela histórica. Nesta perspectiva, o principal objetivo é identificar os diversos aspectos presentes na tela A Conquista do Amazonas de Antônio Parreiras. Ressaltando que a tela narra um dos grandes feitos do período colonial, mas a sua produção faz parte de um projeto de construção de uma identidade regional. Tanto que a tela está dividida em três momentos-chave. O primeiro relaciona-se ao ato de conquista, no qual a leitura do termo de posse é feita. No centro, os cinco membros da expedição chefiada por Pedro Teixeira ouvem de maneira solene, não havendo manifestação de desrespeito; O segundo momento relaciona-se com a ideia de civilização em que o europeu conduz o elemento indígena em direção à vivência em sociedade e ao progresso. E, por último, o predomínio quase absoluto das tecnologias europeias, uma vez que as velas das embarcações portuguesas ocupam lugar de destaque se comparadas àquelas produzidas pelos indígenas amazônicos.https://periodicos.ufpa.br/index.php/nra/article/view/7508
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