Summary: | INTRODUÇÃO: Os avanços tecnológicos têm permitido maior sobrevivência de recém-nascidos de risco. No entanto, os fatores de risco biológico aos quais essas crianças foram expostas fazem com que tenham maior chance de apresentar atrasos no desenvolvimento. OBJETIVO: O presente estudo objetivou avaliar as características neuromotoras e biopsicossociais de lactentes com histórico de risco biológico. METODOLOGIA: A amostra foi constituída de 25 lactentes com idade desde o nascimento a dois meses de vida, com registro de nascimento na cidade de Fraiburgo, SC. Os fatores de risco biológicos presentes foram: prematuridade, baixo peso, incompatibilidade sanguínea, necessidade de reanimação, intubação, permanência em O2, hipertensão pulmonar leve, icterícia, desconforto respiratório, infecção neonatal, anemia neonatal, tabagismo materno, trauma durante o parto, cardiopatia e má-formação de traqueia. Foram utilizados os seguintes instrumentos: cartão de saúde da criança, formulário biopsicossocial e Neonatal Behavioral Assesment Scale. RESULTADOS: Foi possível constatar, em relação às condições biopsicossociais, prevalência de mães casadas, primigestas, com ensino superior completo, exercendo atividade extra-lar e com idade média de 28 anos na ocasião do parto. Verificou-se casos de exposição do feto ao tabagismo materno, mães acometidas por anemia, hipertensão e hipotensão durante o período gestacional. Em relação ao desenvolvimento neuromotor, os lactentes apresentaram desempenho esperado para crianças de risco em relação à habituação, regulação e reflexos. Em relação à socialização, organização e sistema autônomo, constatou-se desempenho inferior ao de demais crianças de risco. CONCLUSÃO: Os achados deste estudo demonstram que crianças com histórico de risco biológico podem apresentar comprometimento em relação a aspectos do desenvolvimento neuromotor.
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