Trabalho informal, precário ou perigoso: abordagem de ação coletiva por uma equipe de Saúde da Família em Uberaba

A globalização força as relações de trabalho a tornarem-se mais flexíveis, surgindo um grande contingente de profissionais desprotegidos, ignorados pelas empresas, sem direito à assistência e ao controle de sua saúde. A intenção de prestar assistência integral ao trabalhador informal em condições p...

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Bibliographic Details
Main Author: Aidê Amabile Coêlho dos Santos
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade 2007-11-01
Series:Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
Subjects:
Online Access:https://www.rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/345
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spelling doaj-cdf583560b2649459cbc48eea007763d2020-11-25T03:27:17ZporSociedade Brasileira de Medicina de Família e ComunidadeRevista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade 1809-59092179-79942007-11-0131110.5712/rbmfc3(11)345211Trabalho informal, precário ou perigoso: abordagem de ação coletiva por uma equipe de Saúde da Família em UberabaAidê Amabile Coêlho dos Santos0Universidade Estadual De Campinas - Saúde Coletiva A globalização força as relações de trabalho a tornarem-se mais flexíveis, surgindo um grande contingente de profissionais desprotegidos, ignorados pelas empresas, sem direito à assistência e ao controle de sua saúde. A intenção de prestar assistência integral ao trabalhador informal em condições precárias ou perigosas conduziu-se um estudo descritivo prospectivo de base populacional investigando-se o tempo trabalhado e acidentes ou doenças relacionadas com o trabalho durante quatro meses mediante visitas semanais pelos Agentes Comunitários de Saúde da Equipe. Aplicou-se instrumento de coleta de dados elaborado em projeto-mãe para outra cidade após adaptação às condições locais. Observou-se que 62,1% dos trabalhadores eram do sexo feminino; 43,9% tinham entre 35 e 50 anos; 55,6% trabalhavam por conta própria; 39,9% eram empregados e 8,4% dos entrevistados pagavam a Previdência Social. O motivo de ingresso no setor informal foi o desemprego para 44,1% enquanto 24,6% buscavam melhores rendimentos. A jornada diária de trabalho foi de 8 horas/dia para 39,7%; o trabalho durante 7 dias por semana foi referido por 31,6%; 7,0% referiram a ocorrência de pelo menos um acidente no local de trabalho e 69,0% dos entrevistados alegaram conhecer uma pessoa em perigo em seus locais de trabalho. A contribuição do planejamento para a organização do sistema de saúde e, conseqüentemente, a assistência à saúde dos trabalhadores é valiosa, envolvendo gestores até os trabalhadores das equipes de saúde. Faz-se necessário à inserção da saúde do trabalhador na saúde coletiva, ambos como campos de conhecimento complexos, que busquem a produção de saúde para a coletividade. https://www.rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/345Saúde ColetivaAcidente de TrabalhoSaúde do Trabalhador
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