O Tomismo Tridentino como Marca da Ação Evangelizadora Jesuíta na América Portuguesa
<p>O não entendimento do outro marcou a ação jesuíta na América Portuguesa. Os inacianos, influenciados pelo ideal de homem referendado pelo Concílio de Trento e marcados pelo tomismo moderno daí decorrente, buscaram, a partir de sua ação evangelizadora, integrar o índio no corpo místico do Im...
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Centro de Investigaciones sobre Cultura y Sociedad, Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas, Universidad Nacional de Córdoba
2014-12-01
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Series: | Antiguos Jesuitas en Iberoamérica |
Online Access: | https://revistas.unc.edu.ar/index.php/ihs/article/view/17607 |
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doaj-cdaf7f4aa0524558a0cb08212b593a252020-11-25T01:10:28ZspaCentro de Investigaciones sobre Cultura y Sociedad, Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas, Universidad Nacional de CórdobaAntiguos Jesuitas en Iberoamérica2314-39082014-12-012213414210.31057/2314.3908.v2.n2.1760715029O Tomismo Tridentino como Marca da Ação Evangelizadora Jesuíta na América PortuguesaLeandro Henrique Magalhães<p>O não entendimento do outro marcou a ação jesuíta na América Portuguesa. Os inacianos, influenciados pelo ideal de homem referendado pelo Concílio de Trento e marcados pelo tomismo moderno daí decorrente, buscaram, a partir de sua ação evangelizadora, integrar o índio no corpo místico do Império Português, fazendo dele cristão e súdito do rei. Partiu-se da concepção de “Lei Natural da Graça”, princípio contra-reformista de base tomista, que favoreceu o entendimento de que, no caso indígena, a graça estaria encoberta pelos maus costumes e pela língua. Seria necessária uma ação que possibilitasse ao índio despertar para a memória do bem, e assim, identificar em sua prática elementos do mal, arrependendo-se. Dentre as estratégias usadas esteve a educação, cujo elemento norteador fora o <em>Ratio Studiorum</em>, e a manipulação da língua que, ao ser sistematizada e transformada a partir da constituição de uma gramática nos moldes europeus, levaria o índio ao entendimento da palavra de Deus e à conversão. Estas estratégias, foco do presente estudo, levaram ao não entendimento do índio brasileiro pelos jesuítas, que denominaram sua prática como “dificultíssima”, alertaram para a “Inconstância da Alma Selvagem” e entenderam os costumes indígenas como demoníacos, ou marcados pela ausência do bem.</p>https://revistas.unc.edu.ar/index.php/ihs/article/view/17607 |
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<p>O não entendimento do outro marcou a ação jesuíta na América Portuguesa. Os inacianos, influenciados pelo ideal de homem referendado pelo Concílio de Trento e marcados pelo tomismo moderno daí decorrente, buscaram, a partir de sua ação evangelizadora, integrar o índio no corpo místico do Império Português, fazendo dele cristão e súdito do rei. Partiu-se da concepção de “Lei Natural da Graça”, princípio contra-reformista de base tomista, que favoreceu o entendimento de que, no caso indígena, a graça estaria encoberta pelos maus costumes e pela língua. Seria necessária uma ação que possibilitasse ao índio despertar para a memória do bem, e assim, identificar em sua prática elementos do mal, arrependendo-se. Dentre as estratégias usadas esteve a educação, cujo elemento norteador fora o <em>Ratio Studiorum</em>, e a manipulação da língua que, ao ser sistematizada e transformada a partir da constituição de uma gramática nos moldes europeus, levaria o índio ao entendimento da palavra de Deus e à conversão. Estas estratégias, foco do presente estudo, levaram ao não entendimento do índio brasileiro pelos jesuítas, que denominaram sua prática como “dificultíssima”, alertaram para a “Inconstância da Alma Selvagem” e entenderam os costumes indígenas como demoníacos, ou marcados pela ausência do bem.</p> |
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