Les Cinq Continents, a antologia de Goll: apelo (po)ético cosmopolita
Este artigo trata de alguns trabalhos poéticos de Ivan Goll, publicados em alemão, francês e inglês, nos quais o diapasão cosmopolita e o apelo a uma poesia supranacional representaram um grito marginal de resistência frente às tendências totalizantes e às categorias nacionais da primeira metade do...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Unversidade Federal do Rio de Janeiro
2011-12-01
|
Series: | Alea: Estudos Neolatinos |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-106X2011000200004 |
Summary: | Este artigo trata de alguns trabalhos poéticos de Ivan Goll, publicados em alemão, francês e inglês, nos quais o diapasão cosmopolita e o apelo a uma poesia supranacional representaram um grito marginal de resistência frente às tendências totalizantes e às categorias nacionais da primeira metade do século XX. Busca-se compreender se o grito encontra respaldo nas reflexões atuais, pensando-o como um antecedente questionador de taxonomias de gênero literário e de forma artística, um transgender. Assinala que o modernista brasileiro Mário de Andrade não somente acompanhou a querela entre Goll e Breton sobre a herança do conceito Surréalisme legado por Apollinaire, como também se correspondeu e trocou livros com o poeta alsaciano, tendo recebido com entusiasmo a antologia Les Cinq continents. Ao final, este artigo apresenta a tradução de dois poemas afinados com a noção cosmopolita: "O Negro do Teatro de Variedades" e "A Canção de João Sem-Terra, O Duplo".<br>Esta comunicación trata sobre algunos trabajos poéticos de Ivan Goll, publicados en alemán, francés e inglés, en los cuales el tono cosmopolita y el llamamiento a una poesía supranacional representaron un grito marginal de resistencia frente a las tendencias totalizantes y a las categorías nacionales de la primera mitad del siglo XX. El artículo busca comprender si el grito reverbera y encuentra respaldo en las reflexiones actuales, pensándolo como un antecedente cuestionador de taxonomías de género totalitario y, de forma artística, como un "transgender". El texto también incide en la relación establecida con el escritor modernista brasileño Mário de Andrade, que no sólo acompañó la querella entre Goll y Breton sobre la herencia del concepto "Surréalisme" legado por Apollinaire, sino que mantuvo contacto epistolar e intercambio de libros con el poeta alsaciano, y recibió con entusiasmo la antología Les Cinq continents. Finalmente, este artículo presenta dos traducciones de poemas afinados con la noción cosmopolita: "O Negro do Teatro de Variedades" y "A Canção de João Sem-Terra, O Duplo".<br>This article discusses some poetic works of Ivan Goll, published in German, French and English, in which the cosmopolitan appeal to a supranational poetry represented a marginal cry of resistance against the totalizing tendencies and categories of the first half of the twentieth century. It seeks to understand if such cry can be related to contemporary reflections on literary genre and multiple art forms, as well as if Goll can be thought of as a 'transgender' artist. It also remarks that Brazilian modernist Mário de Andrade not only followed the dispute between Goll and Breton concerning the inheritance of the concept Surréalisme from Apollinaire's legacy, but also exchanged letters and books with the alsacian poet, enthusiastically praising the anthology Les cinq Continents. Finally, this article presents a translation of two poems related with the cosmopolitan notion: "O Negro do Teatro de Variedades" and "A Canção de João Sem-Terra, O Duplo". |
---|---|
ISSN: | 1517-106X 1807-0299 |