Ensino de língua Portuguesa para surdos
<p>Este é um estudo qualitativo sobre as políticas educacionais para surdos e suas práticas pedagógicas no que se refere ao ensino de Língua Portuguesa. Trata-se deste assunto por haver considerável descompasso entre as práticas pedagógicas respaldadas pelas políticas educacionais vigentes e a...
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Instituto Nacional de Educação de Surdos
2013-12-01
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Series: | Revista Espaço |
Online Access: | http://www.ines.gov.br/seer/index.php/revista-espaco/article/view/168 |
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doaj-cca55249432b4131ae3e3250f89903852020-11-25T01:52:48ZengInstituto Nacional de Educação de SurdosRevista Espaço0103-76682525-62032013-12-0103910.20395/re.v0i39.168132Ensino de língua Portuguesa para surdosSimone Gonçalves de Lima da Silva0Universidade Federal de Santa Catarína<p>Este é um estudo qualitativo sobre as políticas educacionais para surdos e suas práticas pedagógicas no que se refere ao ensino de Língua Portuguesa. Trata-se deste assunto por haver considerável descompasso entre as práticas pedagógicas respaldadas pelas políticas educacionais vigentes e a realidade dos alunos surdos. Assim, na tentativa de verificar como os saberes surdos estão presentes nas aulas de Língua Portuguesa, a qual é uma segunda língua para os surdos, realizou-se a presente pesquisa numa escola denominada como Pala, pela Política de Educação de Surdos do Estado de Santa Catarina (2004), observando-se as aulas de Língua Portuguesa nos dois semestres de 2007. Sendo essa a segunda língua para os surdos, observou-se que em nenhum momento foi levado em consideração tal fato, apesar já terem se passado três anos de implantação da Política de Educação de Surdos e das últimas mudanças não terem afetado o caráter de segunda língua da Língua Portuguesa para surdos, ainda não houve capacitação suficiente para os professores da rede regular de ensino e nem mesmo das escolas escolhidas como Palas em Educação de Surdos. Os saberes surdos que se esperava encontrar nas aulas de Língua Portuguesa não foram constatados, a cultura surda, o jeito visual dos surdos de apreender o conhecimento, o uso da linguística contrastiva Português-Libras, não foram evidenciados e nem são conhecidos pelo professor da disciplina. Analisou-se também que há maiores dificuldades para ao ensino do Português nas classes mistas (onde se misturam alunos surdos e ouvintes), devido à diferença metodológica de ensino e ao choque linguístico (Língua Portuguesa nativa e estrangeira como segunda língua). As análises demonstram que são necessários estudos mais profundos sobre o ensino da Língua Portuguesa a partir de uma concepção de segunda língua e levando-se em conta os saberes surdos e principalmente a língua de sinais como primeira língua. São necessárias mudanças curriculares (criação das disciplinas de língua de sinais e de Língua Portuguesa como segunda língua) e a desconstrução de que inclusão educacional de surdos é pôr alunos surdos e ouvintes lado a lado numa sala de aula sem atentar para como acontece a aquisição de conhecimentos de cada aluno.</p>http://www.ines.gov.br/seer/index.php/revista-espaco/article/view/168 |
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