A Violação da Condição em Kadiwéu
Apesar de o kadiwéu apresentar as mesmas características tipológicas das línguas analisadas por Baker (1995), este trabalho mostra que o parâmetro da polissíntese proposto por Baker, de acordo com o qual as línguas polissintéticas seriam línguas de argumentos pronominais, não se sustenta para esta l...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
2002-01-01
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Series: | DELTA: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-44502002000100002 |
Summary: | Apesar de o kadiwéu apresentar as mesmas características tipológicas das línguas analisadas por Baker (1995), este trabalho mostra que o parâmetro da polissíntese proposto por Baker, de acordo com o qual as línguas polissintéticas seriam línguas de argumentos pronominais, não se sustenta para esta língua. Este artigo oferece, então, uma análise alternativa à teoria dos argumentos pronominais para o kadiwéu sustentando que sintagmas nominais são argumentos verbais nesta língua polissintética, como em qualquer outra língua melhor conhecida. Nesta perspectiva, uma das característica principais das línguas polissintéticas, a suposta violação da Condição C (e.g. <>i quer que João i ame Maria, <>i quebrou a faca do João i), deriva de movimento sintático decorrente da natureza do sistema-v do kadiwéu. Este texto, assim, questiona a existência de um parâmetro da polissíntese e desenvolve um insight de Fukui & Speas (1996) que prevê que a sintaxe de uma dada língua decorre das categorias funcionais presentes no léxico desta língua. |
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ISSN: | 0102-4450 1678-460X |