Aprendizagem da gramática do português escrito: algumas reflexões a partir da aquisição da língua falada
<p>A discussão retoma a noção de gramática internalizada a partir de dados de fala infantil analisados no que respeita à expressão de sujeitos gramaticais. Procura-se demonstrar que a fala da criança, desde cedo, é sensível a regras gramaticais extremamente sutis, respeitando de maneira cada v...
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Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
2010-05-01
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doaj-cc142a77014b42d496f0ed6cbe8978952020-11-25T01:52:47ZporUniversidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)Calidoscópio 2177-62022010-05-0141515910.4013/59862832Aprendizagem da gramática do português escrito: algumas reflexões a partir da aquisição da língua faladaLuciene Juliano Simões<p>A discussão retoma a noção de gramática internalizada a partir de dados de fala infantil analisados no que respeita à expressão de sujeitos gramaticais. Procura-se demonstrar que a fala da criança, desde cedo, é sensível a regras gramaticais extremamente sutis, respeitando de maneira cada vez mais próxima as características da fala dos adultos em seu meio. Isso é relevante para a reflexão sobre a aquisição da escrita quando se trata de pontos da gramática do português do Brasil com relação aos quais há diferenças marcantes entre fala e escrita, pois o processo de letramento, nesses casos, implicará o contato com novas regras gramaticais. Chama-se atenção, para enriquecer tal discussão, para a diferença entre a fala de crianças brasileiras e de crianças portuguesas, cujos usos da língua, já desde cedo, se assemelham a usos que, no Brasil, só se verificam na escrita. Propõe-se uma reflexão, a partir desse quadro, sobre a importância da convivência da criança com a língua escrita e da atividade discursiva da criança no mundo letrado, uma vez que, na fala, apenas dessa convivência – interacionalmente constituída e socialmente relevante – dependeu a aquisição.</p> Palavras-chave:<strong> </strong>aquisição da linguagem, gramática internalizada, sujeitos pronominais.http://revistas.unisinos.br/index.php/calidoscopio/article/view/5986 |
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<p>A discussão retoma a noção de gramática internalizada a partir de dados de fala infantil analisados no que respeita à expressão de sujeitos gramaticais. Procura-se demonstrar que a fala da criança, desde cedo, é sensível a regras gramaticais extremamente sutis, respeitando de maneira cada vez mais próxima as características da fala dos adultos em seu meio. Isso é relevante para a reflexão sobre a aquisição da escrita quando se trata de pontos da gramática do português do Brasil com relação aos quais há diferenças marcantes entre fala e escrita, pois o processo de letramento, nesses casos, implicará o contato com novas regras gramaticais. Chama-se atenção, para enriquecer tal discussão, para a diferença entre a fala de crianças brasileiras e de crianças portuguesas, cujos usos da língua, já desde cedo, se assemelham a usos que, no Brasil, só se verificam na escrita. Propõe-se uma reflexão, a partir desse quadro, sobre a importância da convivência da criança com a língua escrita e da atividade discursiva da criança no mundo letrado, uma vez que, na fala, apenas dessa convivência – interacionalmente constituída e socialmente relevante – dependeu a aquisição.</p> Palavras-chave:<strong> </strong>aquisição da linguagem, gramática internalizada, sujeitos pronominais. |
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