Summary: | Este artigo tem como objetivo discutir as implicações do uso compartilhado de celulares por crianças, entre 10 a 12 anos, moradoras de periferia de Fortaleza. Num contexto em que as mídias móveis fazem parte do cotidiano infantil (MASCHERONI; CUMAN, 2014) e sugerem um uso individualizado e privado desses dispositivos, a experiência de quatro crianças moradoras de periferia revela que o compartilhamento do celular é a principal alternativa para o acesso à internet. Por meio de uma metodologia de inspiração etnográfica, este artigo aborda algumas implicações desse uso compartilhado relacionado à privacidade online e à mediação parental. Neste contexto, as crianças desenvolvem suas próprias estratégias para lidar com essa situação de constante supervisão, de modo a garantir sua privacidade.
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