Hepatite de Lábrea: estudo de revisão em viscerotomias hepáticas dos anos de 1934 a 1940

Para verificar a possibilidade de uma anterior existência e diversificada distribuição da Hepatite de Lábrea, histopatologicamente descrita na década de 60, foram revistas amostras de viscerotomias hepáticas provenientes da Amazônia, acumuladas entre os anos de 1934 e 1940 e originalmente rotuladas...

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Bibliographic Details
Main Authors: Leonidas Braga Dias, José Rodrigues Coura
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo 1985-10-01
Series:Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0036-46651985000500003&lng=en&tlng=en
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spelling doaj-ca9d7046d9294e518d6a0b856636d0ee2020-11-25T00:18:23ZengUniversidade de São PauloRevista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo1678-99461985-10-0127524224810.1590/S0036-46651985000500003S0036-46651985000500003Hepatite de Lábrea: estudo de revisão em viscerotomias hepáticas dos anos de 1934 a 1940Leonidas Braga Dias0José Rodrigues Coura1Universidade Federal do ParáUniversidade Federal do Rio de JaneiroPara verificar a possibilidade de uma anterior existência e diversificada distribuição da Hepatite de Lábrea, histopatologicamente descrita na década de 60, foram revistas amostras de viscerotomias hepáticas provenientes da Amazônia, acumuladas entre os anos de 1934 e 1940 e originalmente rotuladas como Atrofias Hepáticas. De 28 amostras estudadas, 11 apresentaram as características microscópicas hoje atribuídas à Hepatite de Lábrea; 5 outras exibiram algumas, mas não todas as características desta hepatite; 5 amostras corresponderam e permaneceram como de hepatite por Tetracloreto de Carbono; e as 7 amostras restantes apresentaram os achados habituais das necroses maciças ou submaciças mais frequentemente devidas aos vírus das Hepatites A e B. Nesta pequena amostragem, foram identificados um caso de 1935, 3 de 1936, um de 1937, 5 de 1938 e um de 1940, não somente de áreas brasileiras, como também da Colômbia e do Perú. É de se concluir, portanto, que há mais longo tempo e em mais ampla abrangência, a Hepatite de Lábrea compromete as populações amazônicas. Estudos recentes indicam, nesta forma de hepatite, uma constante participação do antígeno de superfície do vírus da Hepatite B, bem como a associação deste ao antígeno Delta, pelo que se acredita à tal associação a gravidade e a alta letalidade da Hepatite de Lábrea, além de se pressupor uma longínqua presença dos dois antígenos na Amazônia.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0036-46651985000500003&lng=en&tlng=en
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