A ordem do sujeito em construções monoargumentais: confirmando diagnósticos

A ordem do sujeito no português do Brasil – doravante PB – está diretamente vinculada à transitividade verbal, uma vez que a questão da posposição do sujeito ao verbo se mostra associada a restrições sintático-semânticas e, principalmente, ao tipo de verbo em questão: o monoargumental. Muitos estudo...

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Bibliographic Details
Main Authors: Fabrícia Silva, Fernanda Lima Jardim Miara
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-Graduação em Linguística 2014-12-01
Series:Working Papers em Linguística
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufsc.br/index.php/workingpapers/article/view/29612
Description
Summary:A ordem do sujeito no português do Brasil – doravante PB – está diretamente vinculada à transitividade verbal, uma vez que a questão da posposição do sujeito ao verbo se mostra associada a restrições sintático-semânticas e, principalmente, ao tipo de verbo em questão: o monoargumental. Muitos estudos, dos quais podemos citar Berlinck (1989) e Coelho (1999, 2000, 2006), já mostraram que construções com verbos monoargumentais no PB, em especial os inacusativos existenciais, são um dos fatores favoráveis à ocorrência da ordem verbo-sujeito (VS). Esta pesquisa tem como objetivo observar, por meio de um estudo quantitativo, quais condicionadores – linguísticos e/ou extralinguísticos – favorecem a ordem VS em sentenças, sob uma perspectiva variacionista da língua (cf. LABOV, 2008 [1972]), somada ao gerativismo. O corpus deste trabalho é composto por oito entrevistas do Banco VARSUL, de informantes de dois bairros não urbanos da cidade de Florianópolis – SC. Os resultados aqui apresentados corroboram outros estudos: a ordem VS constitui-se, na maioria dos casos, de verbos inacusativos existenciais, sem marca de concordância, sendo formada por sujeitos do tipo SN, que tanto podem ser agente ou tema, aceitando traços [±animados].
ISSN:1984-8420