As vozes e forças ilocucionárias na análise pragmática dos relatos jornalísticos

<p>Neste artigo, buscamos mostrar como os conceitos de forças ilocucionárias (AUSTIN, 1990) e vozes (MEY, 2000) podem ser utilizados para a construção de um percurso metodológico para a análise pragmática dos relatos jornalísticos, tendo como pano de fundo a perspectiva da pragmática social, e...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Naiara Longhi Maia
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Centro Universitário Internacional (UNINTER) 2016-06-01
Series:Revista Uninter de Comunicação
Online Access:https://www.uninter.com/revistacomunicacao/index.php/revistacomunicacao/article/view/627
Description
Summary:<p>Neste artigo, buscamos mostrar como os conceitos de forças ilocucionárias (AUSTIN, 1990) e vozes (MEY, 2000) podem ser utilizados para a construção de um percurso metodológico para a análise pragmática dos relatos jornalísticos, tendo como pano de fundo a perspectiva da pragmática social, em que os usos linguísticos realizados pelos falantes são entendidos como uma ação. A proposta metodológica que apresentamos é parte de um estudo mais amplo, que analisa os usos de linguagem realizados pelo jornal <em>Gazeta do Povo</em> (Curitiba/PR) na cobertura jornalística dada ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná (IFPR) entre os anos de 2008 e 2014 (MAIA, 2016). O jornalista é encarado como um falante e também como um personagem-narrador, que desempenha papel central dentro de uma formação societal específica, que é o campo jornalístico. Desta formação societal resultam as notícias e reportagens, textos que não são formados unicamente pela voz do jornalista, mas também pelas vozes de outros falantes, que auxiliam na construção dos relatos sobre a realidade. A análise pragmática do fazer jornalístico que propomos leva a uma reflexão mais profunda sobre a prática jornalística como uma ação social, capaz de produzir efeitos na realidade em que a atividade acontece.</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> Pragmática Social. Forças Ilocucionárias. Vozes. Relato Jornalístico.</p><p>DOI:  <a href="http://dx.doi.org/10.21882/ruc.v4i6.627">http://dx.doi.org/10.21882/ruc.v4i6.627</a></p><p> </p><p>Voices and illocutionary forces in the pragmatic analysis of journalistic report</p><p>ABATRACT</p><p>In this article, we seek to show how the concepts of illocutionary forces (AUSTIN, 1990) and voices (MEY, 2000) can be used for the construction of a methodological approach to the pragmatic analysis of journalistc reports with the background of the social pragmatics, in wich the language uses made by speakers are understood as an action. The methodology that we present is part of a larger study which analyzes the language uses made by the newspaper Gazeta do Povo (Curitiba / PR) in the news coverage given to the Federal Institute of Education, Science and Technology of Paraná (IFPR) between the years of 2008 and 2014 (MAIA, 2016). The journalist is seen as a speaker and as a character, who plays a central role in a specific societal formation - the journalistic field. This societal formation results in the news and reports, texts, that are not formed solely by the journalist's voice, but also the voices of other speakers which help in the construction of reports about reality. The pragmatic analysis we propose leads to a deeper reflection of the journalistic practice as a social action, capable of producing effects in the reality in which the activity takes place.</p> <p><strong>Keywords:</strong> Social Pragmatics. Illocutionary Forces. Voices. Journalistc Reports.</p>
ISSN:2357-9870