Desigualdades na tendência da sífilis congênita no município de Niterói, Brasil, 2007 a 2016

Objetivo. Descrever a distribuição temporal e as características epidemiológicas da sífilis congênita (SC) em Niterói, Sudeste do Brasil, de 2007 a 2016. Métodos. Este estudo descritivo de série temporal da incidência de SC utilizou os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN)...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Andressa Lohan dos Santos Heringer, Helia Kawa, Sandra Costa Fonseca, Sandra Mara Silva Brignol, Loren Angelica Zarpellon, Ana Cristina Reis
Format: Article
Language:English
Published: Pan American Health Organization 2020-02-01
Series:Revista Panamericana de Salud Pública
Subjects:
Online Access:http://iris.paho.org/xmlui/handle/123456789/51831
id doaj-c8546f775c564a03b75a61147cc3ab9f
record_format Article
spelling doaj-c8546f775c564a03b75a61147cc3ab9f2020-11-25T01:11:21ZengPan American Health OrganizationRevista Panamericana de Salud Pública1020-49891680-53482020-02-014481810.26633/RPSP.2020.8rpspDesigualdades na tendência da sífilis congênita no município de Niterói, Brasil, 2007 a 2016Andressa Lohan dos Santos Heringer0Helia Kawa1Sandra Costa Fonseca2Sandra Mara Silva Brignol3Loren Angelica Zarpellon4Ana Cristina Reis5Universidade Federal Fluminense (UFF), Instituto de Saúde Coletiva, Departamento de Epidemiologia e Bioestatística, Niterói (RJ), Brasil.Universidade Federal Fluminense (UFF), Instituto de Saúde Coletiva, Departamento de Epidemiologia e Bioestatística, Niterói (RJ), Brasil.Universidade Federal Fluminense (UFF), Instituto de Saúde Coletiva, Departamento de Epidemiologia e Bioestatística, Niterói (RJ), Brasil.Universidade Federal Fluminense (UFF), Instituto de Saúde Coletiva, Departamento de Epidemiologia e Bioestatística, Niterói (RJ), Brasil.Universidade Federal Fluminense (UFF), Instituto de Saúde Coletiva, Departamento de Epidemiologia e Bioestatística, Niterói (RJ), Brasil.Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/FIOCRUZ), Laboratório de Educação Profissional em Informações e Registros em Saúde, Rio de Janeiro (RJ), Brasil.Objetivo. Descrever a distribuição temporal e as características epidemiológicas da sífilis congênita (SC) em Niterói, Sudeste do Brasil, de 2007 a 2016. Métodos. Este estudo descritivo de série temporal da incidência de SC utilizou os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). A amostra incluiu todos os casos notificados. Além disso, foi realizado um relacionamento probabilístico entre SINAN e SINASC para recuperar informações ignoradas. A série temporal foi estimada por regressão logarítmica, de acordo com variáveis sociodemográficas e de pré-natal. Resultados. Identificaram-se 754 casos de SC no período estudado (incidência média de 11,9 casos/1 000 nascidos vivos). A incidência foi mais elevada em jovens (10 a 19 anos; 20 a 24 anos), participantes de cor preta e naquelas com baixa escolaridade e sem pré-natal. Do total de mulheres, apenas 57,6% obtiveram o diagnóstico de sífilis durante o pré-natal. O tratamento foi inadequado em 87,7% das mulheres. Apenas 12,2% dos parceiros foram tratados. Houve tendência crescente do agravo (16%/ano), que atingiu 23,2 casos/1 000 nascidos vivos em 2016. O crescimento foi mais acentuado em adolescentes do sexo feminino (25,2%/ano), raça/cor parda (16,8%/ano), indivíduos com baixa escolaridade (57,1%/ano) e mulheres que realizaram pré-natal (17,3%/ano); e, no período de 2012 a 2016, em mulheres com informação ignorada para a cor da pele. Conclusões. As iniquidades sociais se destacaram na ocorrência de SC, com incidência crescente em jovens. É necessária a capacitação dos profissionais de saúde para o manejo da sífilis gestacional e uma atuação efetiva das políticas públicas sobre os determinantes sociais da sífilis.http://iris.paho.org/xmlui/handle/123456789/51831sífilis congênitainiquidade socialestudos de séries temporaisvigilânciabrasil
collection DOAJ
language English
format Article
sources DOAJ
author Andressa Lohan dos Santos Heringer
Helia Kawa
Sandra Costa Fonseca
Sandra Mara Silva Brignol
Loren Angelica Zarpellon
Ana Cristina Reis
spellingShingle Andressa Lohan dos Santos Heringer
Helia Kawa
Sandra Costa Fonseca
Sandra Mara Silva Brignol
Loren Angelica Zarpellon
Ana Cristina Reis
Desigualdades na tendência da sífilis congênita no município de Niterói, Brasil, 2007 a 2016
Revista Panamericana de Salud Pública
sífilis congênita
iniquidade social
estudos de séries temporais
vigilância
brasil
author_facet Andressa Lohan dos Santos Heringer
Helia Kawa
Sandra Costa Fonseca
Sandra Mara Silva Brignol
Loren Angelica Zarpellon
Ana Cristina Reis
author_sort Andressa Lohan dos Santos Heringer
title Desigualdades na tendência da sífilis congênita no município de Niterói, Brasil, 2007 a 2016
title_short Desigualdades na tendência da sífilis congênita no município de Niterói, Brasil, 2007 a 2016
title_full Desigualdades na tendência da sífilis congênita no município de Niterói, Brasil, 2007 a 2016
title_fullStr Desigualdades na tendência da sífilis congênita no município de Niterói, Brasil, 2007 a 2016
title_full_unstemmed Desigualdades na tendência da sífilis congênita no município de Niterói, Brasil, 2007 a 2016
title_sort desigualdades na tendência da sífilis congênita no município de niterói, brasil, 2007 a 2016
publisher Pan American Health Organization
series Revista Panamericana de Salud Pública
issn 1020-4989
1680-5348
publishDate 2020-02-01
description Objetivo. Descrever a distribuição temporal e as características epidemiológicas da sífilis congênita (SC) em Niterói, Sudeste do Brasil, de 2007 a 2016. Métodos. Este estudo descritivo de série temporal da incidência de SC utilizou os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC). A amostra incluiu todos os casos notificados. Além disso, foi realizado um relacionamento probabilístico entre SINAN e SINASC para recuperar informações ignoradas. A série temporal foi estimada por regressão logarítmica, de acordo com variáveis sociodemográficas e de pré-natal. Resultados. Identificaram-se 754 casos de SC no período estudado (incidência média de 11,9 casos/1 000 nascidos vivos). A incidência foi mais elevada em jovens (10 a 19 anos; 20 a 24 anos), participantes de cor preta e naquelas com baixa escolaridade e sem pré-natal. Do total de mulheres, apenas 57,6% obtiveram o diagnóstico de sífilis durante o pré-natal. O tratamento foi inadequado em 87,7% das mulheres. Apenas 12,2% dos parceiros foram tratados. Houve tendência crescente do agravo (16%/ano), que atingiu 23,2 casos/1 000 nascidos vivos em 2016. O crescimento foi mais acentuado em adolescentes do sexo feminino (25,2%/ano), raça/cor parda (16,8%/ano), indivíduos com baixa escolaridade (57,1%/ano) e mulheres que realizaram pré-natal (17,3%/ano); e, no período de 2012 a 2016, em mulheres com informação ignorada para a cor da pele. Conclusões. As iniquidades sociais se destacaram na ocorrência de SC, com incidência crescente em jovens. É necessária a capacitação dos profissionais de saúde para o manejo da sífilis gestacional e uma atuação efetiva das políticas públicas sobre os determinantes sociais da sífilis.
topic sífilis congênita
iniquidade social
estudos de séries temporais
vigilância
brasil
url http://iris.paho.org/xmlui/handle/123456789/51831
work_keys_str_mv AT andressalohandossantosheringer desigualdadesnatendenciadasifiliscongenitanomunicipiodeniteroibrasil2007a2016
AT heliakawa desigualdadesnatendenciadasifiliscongenitanomunicipiodeniteroibrasil2007a2016
AT sandracostafonseca desigualdadesnatendenciadasifiliscongenitanomunicipiodeniteroibrasil2007a2016
AT sandramarasilvabrignol desigualdadesnatendenciadasifiliscongenitanomunicipiodeniteroibrasil2007a2016
AT lorenangelicazarpellon desigualdadesnatendenciadasifiliscongenitanomunicipiodeniteroibrasil2007a2016
AT anacristinareis desigualdadesnatendenciadasifiliscongenitanomunicipiodeniteroibrasil2007a2016
_version_ 1725171462598295552