Subjetividade e linguagem são mutuamente excludentes?

Quando o pensamento se volta para a subjetividade, a linguagem está ausente. E quando a linguagem é questáo, a subjetividade fica de fora, como mostrou Foucault em As Palavras e as Coisas. Seráo elas mutuamente excludentes? Desde fins do século XIX a linguagem tem sido abordada pela lógica, pela lin...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Inês Lacerda Araújo
Format: Article
Language:deu
Published: Universidade Federal do Rio Grande do Norte 2010-09-01
Series:Princípios
Online Access:https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/493
Description
Summary:Quando o pensamento se volta para a subjetividade, a linguagem está ausente. E quando a linguagem é questáo, a subjetividade fica de fora, como mostrou Foucault em As Palavras e as Coisas. Seráo elas mutuamente excludentes? Desde fins do século XIX a linguagem tem sido abordada pela lógica, pela lingüística, pela filosofia analítica. Pensar só é possível se houver uma estrutura semântica, segundo Frege e Wittgenstein. Dá-se a virada lingüística. Porém esse modelo náo dá conta da fala, do contexto, limita-se à sentença proposicional. Após a virada pragmática, subjetividade e linguagem se relacionam num outro nível, a questáo passa a ser a intersubjetividade, e nesse sentido, sujeito e linguagem náo se excluem. É o que se pode depreender da concepçáo de jogos de linguagem de Wittgenstein, de racionalidade comunicativa de Habermas e de crítica à representaçáo de Rorty, através de suas respectivas noções de formas de vida, entendimento comunicativo e uso de discursos. O sujeito é constituído pela açáo e pela fala.
ISSN:0104-8694
1983-2109