Summary: | À primeira vista, pode parecer algo estranho dedicar um volume de uma revista de hermenêutica – ainda que de uma vertente crítica da hermenêutica – a um tema como o das migrações (incluindo as que são forçadas) ou dos refugiados. De facto, para um leigo, não será a interpretação de textos a principal preocupação hermenêutica, pelo menos de um ponto de vista metodológico? Assumamos, ainda neste primeiro nível de análise inocente, que tal abordagem pode de facto parecer estranha. Mas permita-se-nos apostar que essa abordagem pode contribuir para que se entenda o que está em jogo neste debate fundamental e, quem sabe, até para mudar os termos no qual ele se desenvolve. Com efeito, quando aplicada à análise das sociedades, incluindo os problemas políticos e éticos que nelas se levantam, ela fornece uma perspetiva que está ausente noutras abordagens...
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