Summary: | Trata-se de reflexão sobre a mudança paradigmática proposta pela Constituição equatoriana de 2008, sobre os Direitos da Natureza ou Sumak Kawsay (bem con-viver em quéchua), com base em conceito ancestral das populações nativas andinas, legitimando a sua participação na gestão política da vida do país e provocando perplexidade para o resto do mundo. Focalizando a questão da construção social “gênero”, reflito sobre repercussões no campo da epistemologia e da educação, para o Brasil e demais países ao sul do globo. Problematizo a mudança na maneira de conhecer, A partir da pergunta: Para que nos serve essa notícia? Desenvolvo reflexão, com base em pesquisa mitohermenêutica realizada entre 2009-2010, com professoras da rede pública do Brasil e do Perú. Interrogando sobre mudanças paradigmáticas subsequentes à posta pelo Sumak Kawsay, questiono algumas afirmativas de pensadores contemporâneos sobre a educação intercultural, concluindo que no Brasil ainda não demos ouvidos aos conhecimentos dos povos nativos, tendo escolhido ignorá-los e sofrer as consequências.
Palavras-chave: Direitos da Natureza. Epistemologia. Escolha. Gênero. Educação.
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