Abuso físico: o perfil do agressor e da criança vitimizada

Objetivo: conhecer o perfil da criança vítima de agressão física e do agente responsável pela violência contra ela. Método: investigaram-se 225 casos confirmados de abuso físico do SOS Criança, de Curitiba, durante o ano de 1.998, aos quais se aplicou um protocolo com quesitos voltados à análise da...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Gilberto Pascolat, Cristiane de F.L. dos Santos, Eurico C.R. de Campos, Luciane C.O. Valdez, Daniela Busato, Daniela H. Marinho
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2001-02-01
Series:Jornal de Pediatria
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572001000100010&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Objetivo: conhecer o perfil da criança vítima de agressão física e do agente responsável pela violência contra ela. Método: investigaram-se 225 casos confirmados de abuso físico do SOS Criança, de Curitiba, durante o ano de 1.998, aos quais se aplicou um protocolo com quesitos voltados à análise da criança violentada e do agente agressor. Resultados: registraram-se os seguintes modelos: 56% das crianças avaliadas apresentavam-se em idade escolar; 59,6% eram o primeiro filho da família; 84,4% consistiam em filhos naturais e 71,1% das crianças apresentavam satisfatório rendimento escolar. Múltiplas lesões (38,2%) atingiram o corpo das vítimas, e os ferimentos, na maioria das vezes (37,8%), apresentaram-se como hematomas. O principal agente agressor foi a mãe (42,2%), das quais 25,8% alegaram a causa disciplinar para o abuso, utilizaram-se das mãos (32,5%) para efetuar a violência e 72% delas negam o uso de bebida alcóolica. Conclusões: As crianças que mais sofrem agressão física, segundo a amostra estudada, consistem em filhos legítimos e primogênitos, com faixa etária entre 5 e 11 anos e com nível escolar compatível com a idade. A mãe, com suas próprias mãos, resume-se no principal agente agressor, e deixa geralmente hematomas, em diversos segmentos do corpo da criança, com o princípio de educar, ou seja, a colocação de limites.
ISSN:1678-4782