Esquizofrenia
Introdução: Aproximadamente 20 milhões de pessoas sofrem de esquizofrenia no mundo. A incidência anual de esquizofrenia é de 2 a 4 por 10.000 indivíduos com idade entre 15 e 54 anos. Alterações bioquímicas estão presentes, sendo a mais importante a alteração do sistema dopaminérgico, que funciona em...
Main Authors: | , , , , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
2018-11-01
|
Series: | Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba |
Online Access: | http://revistas.pucsp.br/RFCMS/article/view/40037 |
id |
doaj-c62e860072b4427e9da1d6765d117a73 |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-c62e860072b4427e9da1d6765d117a732020-11-24T23:24:31ZporPontifícia Universidade Católica de São PauloRevista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba1517-82421984-48402018-11-0120Supl.24426EsquizofreniaCarlos Von Krakauer HübnerJoão Victor Bernardes dos SantosTulio César GhiottoLucas Volpato CrivellaroElaine Aparecida Dacol HennaIntrodução: Aproximadamente 20 milhões de pessoas sofrem de esquizofrenia no mundo. A incidência anual de esquizofrenia é de 2 a 4 por 10.000 indivíduos com idade entre 15 e 54 anos. Alterações bioquímicas estão presentes, sendo a mais importante a alteração do sistema dopaminérgico, que funciona em excesso durante os surtos psicóticos. A esquizofrenia é uma doença heterogênea com manifestações clínicas que se modificam rápida e facilmente. Relato de Caso: Paciente masculino, 25 anos, internado na Enfermaria de Psiquiatria do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) devido a comportamento psicótico. Escuta vozes de conteúdo negativo desde os 18 anos, segundo ele, vozes inimigas e que zombam dele. Além disso, relatava alucinações visuais. Já chegou a tentar suicídio por comando das vozes, conversa com a televisão. Negava episódios de mania e hipomania. Nunca teve muitos amigos ou relacionamentos amorosos. Apresentava humor hipotético e afeto embotado. Chegou à enfermaria do CHS sem usar a medicação de costume (Clozapina) e logo no 1º dia de internação hospitalar foi introduzida a clozapina e aumentada a dose gradativamente. Discussão: O paciente encaixa-se nos quadros esquizofrênicos pelo seu distúrbio que apresenta distorções fundamentais e características do pensamento e da percepção e por afetos embotados. O início da doença pode ser abrupto e os fenômenos psicopatológicos mais importantes incluem o eco do pensamento, a imposição ou o roubo do pensamento, percepção delirante, idéias delirantes de controle, de influência ou de passividade, vozes alucinatórias que comentam ou discutem com o paciente na terceira pessoa, sintomas negativos. Entre os diagnósticos diferenciais encontram-se o delirium, transtorno esquizofreniforme, transtorno depressivo com características psicóticas e bipolar, transtorno psicótico breve, outro transtorno psicótico não especificado. Conclusão: O paciente preenche critérios para esquizofrenia porque apresenta delírios, alucinações e comportamento desorganizado há mais de 1 mês; não possui relações sociais; apresenta sinais contínuos de perturbação há 7 anos. Além disso, transtornos depressivos ou bipolares foram descartados e a perturbação não foi ocasionada por substâncias ou outras condições médicas e não há história de transtorno do espectro autista. A clozapina, instituída no tratamento, é um antipsicótico atípico e encontra-se no 4º passo do tratamento farmacológico de episódios agudos.http://revistas.pucsp.br/RFCMS/article/view/40037 |
collection |
DOAJ |
language |
Portuguese |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
Carlos Von Krakauer Hübner João Victor Bernardes dos Santos Tulio César Ghiotto Lucas Volpato Crivellaro Elaine Aparecida Dacol Henna |
spellingShingle |
Carlos Von Krakauer Hübner João Victor Bernardes dos Santos Tulio César Ghiotto Lucas Volpato Crivellaro Elaine Aparecida Dacol Henna Esquizofrenia Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba |
author_facet |
Carlos Von Krakauer Hübner João Victor Bernardes dos Santos Tulio César Ghiotto Lucas Volpato Crivellaro Elaine Aparecida Dacol Henna |
author_sort |
Carlos Von Krakauer Hübner |
title |
Esquizofrenia |
title_short |
Esquizofrenia |
title_full |
Esquizofrenia |
title_fullStr |
Esquizofrenia |
title_full_unstemmed |
Esquizofrenia |
title_sort |
esquizofrenia |
publisher |
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo |
series |
Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba |
issn |
1517-8242 1984-4840 |
publishDate |
2018-11-01 |
description |
Introdução: Aproximadamente 20 milhões de pessoas sofrem de esquizofrenia no mundo. A incidência anual de esquizofrenia é de 2 a 4 por 10.000 indivíduos com idade entre 15 e 54 anos. Alterações bioquímicas estão presentes, sendo a mais importante a alteração do sistema dopaminérgico, que funciona em excesso durante os surtos psicóticos. A esquizofrenia é uma doença heterogênea com manifestações clínicas que se modificam rápida e facilmente. Relato de Caso: Paciente masculino, 25 anos, internado na Enfermaria de Psiquiatria do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) devido a comportamento psicótico. Escuta vozes de conteúdo negativo desde os 18 anos, segundo ele, vozes inimigas e que zombam dele. Além disso, relatava alucinações visuais. Já chegou a tentar suicídio por comando das vozes, conversa com a televisão. Negava episódios de mania e hipomania. Nunca teve muitos amigos ou relacionamentos amorosos. Apresentava humor hipotético e afeto embotado. Chegou à enfermaria do CHS sem usar a medicação de costume (Clozapina) e logo no 1º dia de internação hospitalar foi introduzida a clozapina e aumentada a dose gradativamente. Discussão: O paciente encaixa-se nos quadros esquizofrênicos pelo seu distúrbio que apresenta distorções fundamentais e características do pensamento e da percepção e por afetos embotados. O início da doença pode ser abrupto e os fenômenos psicopatológicos mais importantes incluem o eco do pensamento, a imposição ou o roubo do pensamento, percepção delirante, idéias delirantes de controle, de influência ou de passividade, vozes alucinatórias que comentam ou discutem com o paciente na terceira pessoa, sintomas negativos. Entre os diagnósticos diferenciais encontram-se o delirium, transtorno esquizofreniforme, transtorno depressivo com características psicóticas e bipolar, transtorno psicótico breve, outro transtorno psicótico não especificado. Conclusão: O paciente preenche critérios para esquizofrenia porque apresenta delírios, alucinações e comportamento desorganizado há mais de 1 mês; não possui relações sociais; apresenta sinais contínuos de perturbação há 7 anos. Além disso, transtornos depressivos ou bipolares foram descartados e a perturbação não foi ocasionada por substâncias ou outras condições médicas e não há história de transtorno do espectro autista. A clozapina, instituída no tratamento, é um antipsicótico atípico e encontra-se no 4º passo do tratamento farmacológico de episódios agudos. |
url |
http://revistas.pucsp.br/RFCMS/article/view/40037 |
work_keys_str_mv |
AT carlosvonkrakauerhubner esquizofrenia AT joaovictorbernardesdossantos esquizofrenia AT tuliocesarghiotto esquizofrenia AT lucasvolpatocrivellaro esquizofrenia AT elaineaparecidadacolhenna esquizofrenia |
_version_ |
1725560375527604224 |