Da tutela à autonomia: narrativas e construções do cotidiano em uma residência terapêutica
A reforma psiquiátrica emerge como um movimento social que propõe uma outra relação entre a loucura e a sociedade. Novos dispositivos assistenciais são criados, tais como a residência terapêutica. Esse serviço atende pacientes crônicos com histórico de internações psiquiátricas. A partir do final da...
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Conselho Federal de Psicologia
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doaj-c5f1092462f0469c839b098f25ea34bd2020-11-24T23:34:06ZengConselho Federal de PsicologiaPsicologia: Ciência e Profissão1982-370327219420710.1590/S1414-98932007000200003S1414-98932007000200003Da tutela à autonomia: narrativas e construções do cotidiano em uma residência terapêuticaVanessa Barreto Fassheber0Carlos Eduardo Leal Vidal1Fundação Oswaldo CruzUniversidade Federal de Minas GeraisA reforma psiquiátrica emerge como um movimento social que propõe uma outra relação entre a loucura e a sociedade. Novos dispositivos assistenciais são criados, tais como a residência terapêutica. Esse serviço atende pacientes crônicos com histórico de internações psiquiátricas. A partir do final da década de 1990, são iniciadas experiências de montagem desses serviços em diversas partes do nosso país. Contudo, é somente no ano 2000 que o Município de Barbacena, Minas Gerais, ganha a sua primeira residência, constituída por seis moradoras. Este artigo evidencia os processos individuais de reconstrução da identidade das moradoras da referida casa. Observa-se que, além de tal processo, as moradoras passam ainda por uma complexa elaboração subjetiva do novo espaço de moradia e pela construção de uma nova rede social. Os métodos de pesquisa adotados foram a observação participante e a coleta de narrativas e histórias de vida dos usuários integrantes da primeira residência terapêutica de Barbacena.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932007000200003&lng=en&tlng=enPsychiatric reformResidential serviceIdentity reconstructionLife stories |
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A reforma psiquiátrica emerge como um movimento social que propõe uma outra relação entre a loucura e a sociedade. Novos dispositivos assistenciais são criados, tais como a residência terapêutica. Esse serviço atende pacientes crônicos com histórico de internações psiquiátricas. A partir do final da década de 1990, são iniciadas experiências de montagem desses serviços em diversas partes do nosso país. Contudo, é somente no ano 2000 que o Município de Barbacena, Minas Gerais, ganha a sua primeira residência, constituída por seis moradoras. Este artigo evidencia os processos individuais de reconstrução da identidade das moradoras da referida casa. Observa-se que, além de tal processo, as moradoras passam ainda por uma complexa elaboração subjetiva do novo espaço de moradia e pela construção de uma nova rede social. Os métodos de pesquisa adotados foram a observação participante e a coleta de narrativas e histórias de vida dos usuários integrantes da primeira residência terapêutica de Barbacena. |
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