Vontade e entendimento: sobre a certeza do juízo e sua condição nas meditações metafísicas
Nas Meditações metafísicas, o erro é tematizado à medida que a existência de Deus é demonstrada, tendo a Quarta Meditação como locus privilegiado de seu debate. Trata-se, pois, da questão de como conciliar substância infinita em sua perfectude e substância criada passível de falha um problema metaf...
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Format: | Article |
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Sociedade Hegel Brasileira
2017-02-01
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Series: | Revista Opinião Filosófica |
Online Access: | http://periodico.abavaresco.com.br/index.php/opiniaofilosofica/article/view/596 |
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doaj-c555de001a234d5ba015ff311a26018c2020-11-24T22:18:15ZporSociedade Hegel BrasileiraRevista Opinião Filosófica2178-11762017-02-0112596Vontade e entendimento: sobre a certeza do juízo e sua condição nas meditações metafísicasÂngela Lima CalouNas Meditações metafísicas, o erro é tematizado à medida que a existência de Deus é demonstrada, tendo a Quarta Meditação como locus privilegiado de seu debate. Trata-se, pois, da questão de como conciliar substância infinita em sua perfectude e substância criada passível de falha um problema metafísico, desdobrado em reflexão epistêmica e moral, dado como ameaça imediata ao fundamento ontológico de res cogitans e res extensa, e, portanto, à pretensão sistemática de Descartes. O presente texto tem por finalidade o trato deste problema na obra supracitada, expondo a relação entre as faculdades da vontade e do entendimento como alternativa cartesiana à explicitação do mecanismo originário do erro, de modo a isentar a substância Divina de qualquer responsabilidade sobre o que há de falso em nossos juízos. Neste percurso, evidencia-se a atuação da vontade na constituição da ciência e a capacidade de julgar, a saber, a própria liberdade, como condição sine qua non da produção do conhecimento.http://periodico.abavaresco.com.br/index.php/opiniaofilosofica/article/view/596 |
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de Deus é demonstrada, tendo a Quarta Meditação como locus privilegiado de seu
debate. Trata-se, pois, da questão de como conciliar substância infinita em sua
perfectude e substância criada passível de falha um problema metafísico, desdobrado
em reflexão epistêmica e moral, dado como ameaça imediata ao fundamento ontológico
de res cogitans e res extensa, e, portanto, à pretensão sistemática de Descartes. O
presente texto tem por finalidade o trato deste problema na obra supracitada, expondo a
relação entre as faculdades da vontade e do entendimento como alternativa cartesiana à
explicitação do mecanismo originário do erro, de modo a isentar a substância Divina de
qualquer responsabilidade sobre o que há de falso em nossos juízos. Neste percurso,
evidencia-se a atuação da vontade na constituição da ciência e a capacidade de julgar, a
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