POETIC ROLE REVERSAL IN ELISA LUCINDA’S PAU DE AURORA
Os papéis de gênero tradicionais têm sido revertidos. A ascensão de padrões de beleza masculinos está em andamento. As atitudes de homens e mulheres em relação à beleza masculina mudaram, portanto. As mulheres sentem-se cada vez mais confortáveis para expressar seus desejos (estéticos) em olhar os h...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Estadual da Paraíba
2014-06-01
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Series: | Sociopoética |
Subjects: | |
Online Access: | http://revista.uepb.edu.br/index.php/REVISOCIOPOETICA/article/view/3076/1708 |
Summary: | Os papéis de gênero tradicionais têm sido revertidos. A ascensão de padrões de beleza masculinos está em andamento. As atitudes de homens e mulheres em relação à beleza masculina mudaram, portanto. As mulheres sentem-se cada vez mais confortáveis para expressar seus desejos (estéticos) em olhar os homens. Uma análise atenta e crítica de uma vasta gama de produções literárias revela muitos exemplos de homens poetas e romancistas retratando os corpos femininos como objetos de desejo. Em Pau de Aurora, no entanto, a poeta Elisa Lucinda traça um contra discurso que busca recuperar seu direito de exercer poderes poéticos de objetificação sexual, normalmente encontrado em escritores. O objetivo do eu-lírico da poeta é acumular o maior número de homens objetificados e desejados que ela observa em uma praia. Inspirada em uma abordagem de liberação sexual onde muitas mulheres assumem novos papéis e começam a ver os homens como objetos sexuais, e usando uma escrita matizada por sentidos duplos, jogos fonéticos e de palavras, fluxo de alusões, imagens atrevidas etc., Lucinda incorpora uma persona que se mostra mesmo a fim de objetificar corpos masculinos, com todo o prazer em observar seus pênis e virilidade. Ela sugere poeticamente que os efeitos físicos e psicológicos da objetivação e luxúria são os mesmos para homens e mulheres, mas não necessariamente negativos. Às vezes, é como se a poeta estivesse tentando trocar a ideia antiquada de inveja do pênis pela de “paixão pelo pênis”, como propôs bell hooks. Lucinda traz à tona ainda o fato de que algumas mulheres hoje são mais desinibidas e sexualmente agressivas ao demostrar o apetite que têm pelo corpo dos homens.Traditional gender roles have been long reversed. The ascent of male beauty standards is underway. Thus, men and women’s attitudes towards male beauty have changed. More and more, women feel comfortable enough to express their (aesthetic) joy in gazing at men. A close analysis and critique of a wide range of empirical literature reveal many examples where male poets and novelists depict women’s bodies as objectified things. In Pau de Aurora, however, Brazilian poet Elisa Lucinda engages in a counter-discourse that seeks to reclaim her right to exert her poetic powers of objectification, typically found in male writers. Her aim is to amass as many objectified, desired men as she can see on a beach. Inspired by a sexual liberation approach whereby many women have assumed new roles and begun to view men as sex objects, and using a truly double entendre writing style with a flowing array of allusions, daring images, stunning wordplays and brazen descriptions, Lucinda incorporates a persona who is up to objectifying men’s bodies, taking pleasure in observing their penises and virility. She poetically suggests that the physical and psychological effects of objectification and lust is the same for men and women, but it is not necessarily negative. At times, it is as if the poet is trying to trade off the old-fashioned idea of penis envy for that of “penis passion” proposed by bell hooks. Lucinda’s exertion also exposes the fact that some women today are more disinhibited, sexually aggressive and up to show their appetite for the male body.
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ISSN: | 1980-7848 1980-7856 |