Summary: | Neste artigo pretendo uma básica exposição dos conceitos hegelianos de aparência (Schein) e aparição ou fenômeno (Erscheinung), que Marx, em sua crítica da sociedade burguesa, ao ressignificá-los sob sua perspectiva materialista dialética, tomando-os do método hegeliano, faz uso para explicar o processo de troca capitalista, este onde, segundo ele, se observa uma inversão entre “homens” e “coisas” e que é expressão geral dessa força histórico e socialmente constituída a partir da ação prática “inconsciente” dos indivíduos – o capital –, que, por seu modo de constituição, se lhes apresenta como positividade de características tirânicas em suas variadas manifestações. Interessa-nos aqui compreender tais categorias em sua mencionada apropriação por Marx, pois é a elas que Guy Debord faz referência direta em sua critica da sociedade capitalista de um século posterior ao lançamento de O capital (o que ele chamou de A sociedade do espetáculo em uma obra homônima), quando faz referência ao capitalismo superdesenvolvido, o espetáculo, como momento histórico em que o capital alcançou tal grau de acumulação que se tornou imagem.
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