Corpos e existências: vidas não passíveis de luto

O objetivo deste artigo é refletir sobre a relação entre políticas sociais e performances dos corpos em termos de governo das vidas. O que interessa a esta discussão é percorrer um campo de problematização dessa articulação – políticas sociais e corpos – a partir da emergência da atual crise sanitár...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Giovanna Liz Oliveira Mantovani, Vanilson Oliveira da Silva, Anita Guazzelli Bernardes
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2021-03-01
Series:Revista Polis e Psique
Subjects:
Online Access:https://seer.ufrgs.br/PolisePsique/article/view/107567
Description
Summary:O objetivo deste artigo é refletir sobre a relação entre políticas sociais e performances dos corpos em termos de governo das vidas. O que interessa a esta discussão é percorrer um campo de problematização dessa articulação – políticas sociais e corpos – a partir da emergência da atual crise sanitária, causada pela pandemia de COVID-19. Essa problematização focaliza os efeitos sociais nas relações de governo dos corpos dentro de uma racionalidade de colonialidade e de racismo, ou seja, queremos pensar certas linhas de governo das vidas que se intensificam em formas de abandono, tornando-as não passíveis de luto. Para tanto, tomaremos duas performances de corpos em nossa atualidade – mulheres em situação de violência e usuários de drogas em situação de rua –, na medida em que ambas indicam mecanismos distintos de regulação de corpos e formas de abandono das vidas.
ISSN:2238-152X
2238-152X