MISSÃO E SOLIDARIEDADE
Ao cantar que “a vida só se dá pra quem se deu” (Vinícius de Moraes), o poeta aponta para a dimensão da reciprocidade da vida que é o início da solidariedade. A responsabilidade recíproca entre cada um e a comunidade humana faz a vida desabrochar. Por isso, a prática da solidariedade encontra-se em...
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Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia
2004-01-01
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Series: | Perspectiva Teológica |
Online Access: | http://periodicos.faje.edu.br/index.php/perspectiva/article/view/428 |
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doaj-c3cb607e7b134dcc812c160e41e2cfd72020-11-25T00:12:44ZengFaculdade Jesuíta de Filosofia e TeologiaPerspectiva Teológica0102-44692176-87572004-01-0136100MISSÃO E SOLIDARIEDADEPaulo Suess Ao cantar que “a vida só se dá pra quem se deu” (Vinícius de Moraes), o poeta aponta para a dimensão da reciprocidade da vida que é o início da solidariedade. A responsabilidade recíproca entre cada um e a comunidade humana faz a vida desabrochar. Por isso, a prática da solidariedade encontra-se em todos os povos e grupos sociais. Ela varia entre um “fato quase natural”, como, por exemplo, a solidariedade familiar, um “dever”, como o socorro depois de um acidente, e uma “virtude”, como a prática da caridade fora de obrigações legais. A diferença está nas motivações – laços de sangue, punição pela lei ou opções de fé – que permitem uma maior ou menor abrangência da solidariedade. Na larga escala de práticas solidárias, a solidariedade dos cristãos não vai, necessariamente, mais longe do que a solidariedade praticada na base de outras religiões, crenças ou ideologias. Ela tem, porém, fundamentos teológicos próprios e horizontes específicos que permitem fazer um discernimento crítico nos diferentes cenários da vida cotidiana. http://periodicos.faje.edu.br/index.php/perspectiva/article/view/428 |
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Ao cantar que “a vida só se dá pra quem se deu” (Vinícius de Moraes), o poeta aponta para a dimensão da reciprocidade da vida que é o início da solidariedade. A responsabilidade recíproca entre cada um e a comunidade humana faz a vida desabrochar. Por isso, a prática da solidariedade encontra-se em todos os povos e grupos sociais. Ela varia entre um “fato quase natural”, como, por exemplo, a solidariedade familiar, um “dever”, como o socorro depois de um acidente, e uma “virtude”, como a prática da caridade fora de obrigações legais. A diferença está nas motivações – laços de sangue, punição pela lei ou opções de fé – que permitem uma maior ou menor abrangência da solidariedade. Na larga escala de práticas solidárias, a solidariedade dos cristãos não vai, necessariamente, mais longe do que a solidariedade praticada na base de outras religiões, crenças ou ideologias. Ela tem, porém, fundamentos teológicos próprios e horizontes específicos que permitem fazer um discernimento crítico nos diferentes cenários da vida cotidiana.
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