Santo Agostinho e o problema da aprendizagem humana
Neste texto, discute-se como a questão da aprendizagem humana, na teoria da iluminação divina, em Santo Agostinho, é abordada em negação à teoria do conhecimento de Platão. Nas reflexões agostinianas sobre a iluminação e sobre a interioridade, a busca do homem espiritual é destacada como um exercíc...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Estadual de Maringá
2015-03-01
|
Series: | Imagens da Educação |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ImagensEduc/article/view/23787 |
id |
doaj-c39e4d66b87646f59facebd773472233 |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-c39e4d66b87646f59facebd7734722332021-09-22T00:06:25ZengUniversidade Estadual de MaringáImagens da Educação2179-84272015-03-015110.4025/imagenseduc.v5i1.23787Santo Agostinho e o problema da aprendizagem humanaJosé Joaquim Pereira Melo0Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Paraná Neste texto, discute-se como a questão da aprendizagem humana, na teoria da iluminação divina, em Santo Agostinho, é abordada em negação à teoria do conhecimento de Platão. Nas reflexões agostinianas sobre a iluminação e sobre a interioridade, a busca do homem espiritual é destacada como um exercício precípuo para se alcançar a verdade, o conhecimento pleno. Assim, ele se opõe à reminiscência platônica, que sustentava o inatismo da aprendizagem. Nessa reflexão, Santo Agostinho também aborda a possibilidade e o sentido da comunicação estabelecida entre mestre e discípulo e a apresenta como parte significativa da dinâmica ensino-aprendizagem. Para Santo Agostinho, no processo de aquisição do conhecimento, há de se considerar a distinção entre o signo e a palavra. Segundo nosso pensador, para uma palavra ser considerada signo, faz-se necessário o reconhecimento do seu significado, pois ela é identificada por aquilo que representa na realidade e não pela percepção que se tem dela. Apesar de apontar suas limitações, ele entende que as palavras são significativas no processo ensino-aprendizagem. Na busca desses referenciais agostinianos, foram privilegiadas algumas de suas reflexões, entre as quais estão De Magistro, A Cidade de Deus e Solilóquios. Vale considerar que essas reflexões agostinianas não são frutos do acaso, mas respondem às necessidades apresentadas em seu tempo. Isto posto, entende-se que o pensar formativo proposto por Santo Agostinho passa pelas relações que os homens estabelecem entre si, tendo em vista a produção e a reprodução de sua existência em momentos históricos determinados. https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ImagensEduc/article/view/23787Ensino-aprendizagemiluminaçãoreminiscência |
collection |
DOAJ |
language |
English |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
José Joaquim Pereira Melo |
spellingShingle |
José Joaquim Pereira Melo Santo Agostinho e o problema da aprendizagem humana Imagens da Educação Ensino-aprendizagem iluminação reminiscência |
author_facet |
José Joaquim Pereira Melo |
author_sort |
José Joaquim Pereira Melo |
title |
Santo Agostinho e o problema da aprendizagem humana |
title_short |
Santo Agostinho e o problema da aprendizagem humana |
title_full |
Santo Agostinho e o problema da aprendizagem humana |
title_fullStr |
Santo Agostinho e o problema da aprendizagem humana |
title_full_unstemmed |
Santo Agostinho e o problema da aprendizagem humana |
title_sort |
santo agostinho e o problema da aprendizagem humana |
publisher |
Universidade Estadual de Maringá |
series |
Imagens da Educação |
issn |
2179-8427 |
publishDate |
2015-03-01 |
description |
Neste texto, discute-se como a questão da aprendizagem humana, na teoria da iluminação divina, em Santo Agostinho, é abordada em negação à teoria do conhecimento de Platão. Nas reflexões agostinianas sobre a iluminação e sobre a interioridade, a busca do homem espiritual é destacada como um exercício precípuo para se alcançar a verdade, o conhecimento pleno. Assim, ele se opõe à reminiscência platônica, que sustentava o inatismo da aprendizagem. Nessa reflexão, Santo Agostinho também aborda a possibilidade e o sentido da comunicação estabelecida entre mestre e discípulo e a apresenta como parte significativa da dinâmica ensino-aprendizagem. Para Santo Agostinho, no processo de aquisição do conhecimento, há de se considerar a distinção entre o signo e a palavra. Segundo nosso pensador, para uma palavra ser considerada signo, faz-se necessário o reconhecimento do seu significado, pois ela é identificada por aquilo que representa na realidade e não pela percepção que se tem dela. Apesar de apontar suas limitações, ele entende que as palavras são significativas no processo ensino-aprendizagem. Na busca desses referenciais agostinianos, foram privilegiadas algumas de suas reflexões, entre as quais estão De Magistro, A Cidade de Deus e Solilóquios. Vale considerar que essas reflexões agostinianas não são frutos do acaso, mas respondem às necessidades apresentadas em seu tempo. Isto posto, entende-se que o pensar formativo proposto por Santo Agostinho passa pelas relações que os homens estabelecem entre si, tendo em vista a produção e a reprodução de sua existência em momentos históricos determinados.
|
topic |
Ensino-aprendizagem iluminação reminiscência |
url |
https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ImagensEduc/article/view/23787 |
work_keys_str_mv |
AT josejoaquimpereiramelo santoagostinhoeoproblemadaaprendizagemhumana |
_version_ |
1717372045292994560 |