Summary: | Resumo: Introdução: A literatura mostra‐se inconsistente sobre o efeito da reabilitação cardiovascular (RVC) nos resultados de testes de campo. Objetivo: Fazer uma revisão sistemática com meta‐análise sobre os resultados de testes de campo usados em programas de RCV. Métodos: Foram analisados estudos publicados nas bases de dados PubMed e Web of Science até maio de 2016. O tamanho do efeito (g) foi definido como a diferença média padronizada corrigida por viés (g de Hedges) e foi usado para medir a quantidade de modificações no desempenho do teste após o período de RCV. Diferenças potenciais entre os subgrupos foram testadas pelo teste Q baseado na análise de variância. Resultados: Compuseram a revisão 15 estudos publicados entre 1996 e 2016, com amostra total de 932 pacientes e idade entre 54,4 e 75,3 anos. Catorze estudos usaram o teste de caminhada de 6 min para avaliar a capacidade de exercício e um estudo usou o Shuttle Walk Test. O g de Hedges pela análise aleatória foi de 0,617 (p < 0,001), representou aumento de 20% no desempenho do teste de campo após a RCV. A metarregressão mostrou associação significativa (p = 0,01) para a duração do exercício aeróbio, ou seja, para cada aumento de 1 min na duração do exercício ocorre o aumento de 0,02 no efeito para o desempenho no teste de campo. Conclusão: Testes de campo identificam mudanças após a RCV e a maior duração do exercício aeróbio durante a RCV se associa com um melhor resultado. Abstract: Introduction: The literature concerning the effects of cardiac rehabilitation (CR) on field tests results is inconsistent. Purpose: To perform a systematic review with meta‐analysis on field tests results after programs of CR. Methods: Studies published in PubMed and Web of Science databases until May 2016 were analyzed. The standard difference in means correct by bias (Hedges’ g) was used as effect size (g) to measure que amount of modifications in performance of field tests after CR period. Potential differences between subgroups were analyzed by Q‐test based on ANOVA. Results: Fifteen studies published between 1996 e 2016 were included in the review, 932 patients and age ranged 54,4 ‐ 75,3 years old. Fourteen studies used the six‐minutes walking test to evaluate the exercise capacity and one study used the Shuttle Walk Test. The random Hedges's g was 0.617 (P<0.001), representing a drop of 20% in the performance of field test after CR. The meta‐regression showed significantly association (P=0.01) to aerobic exercise duration, i.e., for each 1‐min increase in aerobic exercise duration, there is a 0.02 increase in effect size for performance in the field test. Conclusion: Field tests can detect physical modification after CR, and the large duration of aerobic exercise during CR was associated with a better result. Palavras‐chave: Teste de exercício, Condicionamento físico, Fisiologia cardiovascular, Keywords: Exercise test, Physical conditioning, Cardiovascular physiology
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