A Importância da Autonomia dos Estudantes para a Ocorrência de Práticas Epistêmicas no Ensino por Investigação
Neste trabalho investigamos a relação entre a autonomia dos estudantes para tomar decisões referentes às transformações do conhecimento ao longo do processo investigativo e seu engajamento com práticas epistêmicas numa atividade de ensino baseado em investigação. Partimos das hipóteses de que os mom...
Main Authors: | , , |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências (ABRAPEC)
2018-12-01
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Series: | Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências |
Subjects: | |
Online Access: | https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbpec/article/view/4817 |
Summary: | Neste trabalho investigamos a relação entre a autonomia dos estudantes para tomar decisões referentes às transformações do conhecimento ao longo do processo investigativo e seu engajamento com práticas epistêmicas numa atividade de ensino baseado em investigação. Partimos das hipóteses de que os momentos com maior diversidade de práticas epistêmicas estariam associados às transformações performadas pelos alunos ao longo do processo investigativo, e que os mesmos momentos teriam alto grau de autonomia dos estudantes. Como procedimento, mapeamos a ocorrência de práticas epistêmicas nas interações discursivas de dois grupos de estudantes ao longo de uma atividade de ensino por investigação sobre dinâmica populacional. A partir desse mapeamento, identificamos os episódios com maior diversidade de práticas epistêmicas e, nestes, analisamos as interações discursivas buscando caracterizar a situação didática que promoveu essa maior diversidade. Nossas análises revelaram que os dois grupos de estudantes conduziram suas investigações de formas distintas, realizando as transformações do conhecimento (dado → evidência → padrão/modelo → explicação) em diferentes momentos e de maneira não-linear. Também tivemos evidências que os momentos de transformações ao longo do processo investigativo eram constituídos por processos de construção de consenso e de decisão. Com apenas uma exceção, a proposição da ação que se converteu em consenso nos grupos fora feita por estudantes, o que revelou que atuavam com autonomia nesse processo. Concluímos que a ocorrência de uma maior diversidade de práticas epistêmicas se relacionou com os momentos de transformações do conhecimento e com contextos investigativos que promoveram a autonomia dos estudantes para conduzir a investigação. |
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ISSN: | 1806-5104 1984-2686 |