O “papel transformador” de uma profissão: a economia moral dos epidemiologistas no Brasil (1970-2000)
Discute a história da Epidemio-logia e dos epidemiologistas no Brasil, principalmente entre 1970 e 2000. A partir da década de 1970, a especial-zação e a institucionalização da Epidemiologia como uma disciplina mobilizaram o surgimento da figura do epidemiologista, um profissional de saúde cuja atua...
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doaj-c294eb56176745919ef37e1d49f7c0462021-05-21T01:05:31ZspaUniversidade Estadual do ParanáRevista NUPEM2176-79122021-04-01132913315410.33871/nupem.2021.13.29.133-154O “papel transformador” de uma profissão: a economia moral dos epidemiologistas no Brasil (1970-2000)Luiz Alves Araújo Neto0https://orcid.org/0000-0001-7965-2957Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)Discute a história da Epidemio-logia e dos epidemiologistas no Brasil, principalmente entre 1970 e 2000. A partir da década de 1970, a especial-zação e a institucionalização da Epidemiologia como uma disciplina mobilizaram o surgimento da figura do epidemiologista, um profissional de saúde cuja atuação é pautada na concepção coletiva do processo saúde-doença. Argumento que a conformação da figura do epidemiologista envolveu a constituição de uma economia moral desses profissionais, pautada na crença do caráter transformador da disciplina, na articulação de métodos quantitativos e análises sociais, no engajamento na defesa da saúde pública, e na centra-lidade da desigualdade como tema. Essa constelação de valores morais, episte-mológicos, metodológicos e políticos, entretanto, foi experimentada de diferentes formas pelos epidemiologis-tas. Acompanho a emergência da figura do epidemiologista desde os anos 1970 até o início dos anos 2000, observando como os elementos que constituíram a economia moral foram discutidos e projetados por atores e instituições.epidemiologiaepidemiologistaeconomia moralhistória da saúdesaúde coletiva |
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Discute a história da Epidemio-logia e dos epidemiologistas no Brasil, principalmente entre 1970 e 2000. A partir da década de 1970, a especial-zação e a institucionalização da Epidemiologia como uma disciplina mobilizaram o surgimento da figura do epidemiologista, um profissional de saúde cuja atuação é pautada na concepção coletiva do processo saúde-doença. Argumento que a conformação da figura do epidemiologista envolveu a constituição de uma economia moral desses profissionais, pautada na crença do caráter transformador da disciplina, na articulação de métodos quantitativos e análises sociais, no engajamento na defesa da saúde pública, e na centra-lidade da desigualdade como tema. Essa constelação de valores morais, episte-mológicos, metodológicos e políticos, entretanto, foi experimentada de diferentes formas pelos epidemiologis-tas. Acompanho a emergência da figura do epidemiologista desde os anos 1970 até o início dos anos 2000, observando como os elementos que constituíram a economia moral foram discutidos e projetados por atores e instituições. |
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