Summary: | A produção de sêmen congelado nas centrais de reprodução é uma ferramenta importante para a pecuária brasileira. Todavia o processo de coleta do sêmen pode influenciar nas características biológicas do ejaculado. Considerando a coleta para a inseminação artificial um procedimento não estéril, podendo promover vários gêneros de bactérias no ejaculado. Assim o objetivo do trabalho foi avaliar os aspectos microbiológicos de amostras de sêmen bovino, in natura e congelado assim como os diluidores utilizados na rotina em uma central de produção de sêmen. Para o presente trabalho foram utilizados cinco touros da raça nelore, e destes avaliados dois ejaculados de cada animal, sendo coletados no intervalo de duas semanas. As colheitas de sêmen foram realizadas pelo método de vagina artificial. Também foram avaliados dois diluidores, Triladyl® e BotuBov®. Realizou-se o experimento pelo método de semeadura em Ãgar TSA por esgotamento, e após 24h; 48h; e 72 horas foram realizadas analises para a identificação e contagem de colônias crescidas de UFC/mL. As colônias foram avaliadas por coloração pelo método de Gram e microscopia óptica (100x) e classificadas conforme morfologia. Os dados laboratoriais foram submetidos ao teste de Kolmogorov-Smirnov para verificação de normalidade ou homocedasticidade. Observou-se o predomínio de Bastonetes Gram Negativos e Gram Positivos ao fim do experimento, bem como presença de outros microrganismos em menores quantidades, sugerindo contaminação nas amostras. Desta forma conclui-se que houve presença de microrganismos tanto no sêmen in natura e congelado quanto nos diluidores comerciais, pois todo o processo de manipulação do sêmen bovino, desde a coleta ao processamento para criopreservação não seguem protocolos microbiológicos para garantir a esterilidade das amostras, sendo assim, apenas com um rigoroso controle de qualidade microbiológica do sêmen bovino e dos diluidores bem como das condições ambientais e de manipulação podem garantir a qualidade plena das amostras.
|