Juventude e biopolítica: o poder jovem enquanto objeto de intervenção política
Problematiza-se neste artigo, a partir da Psicologia Social, como e em função de quais razões os jovens foram vistos como objeto estratégico de intervenção política global, a partir da década de 1980. Analisando documentos oficiais da Organização das Nações Unidas e outros produzidos no Brasil, sob...
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Universidade Federal de Santa Catarina
2012-07-01
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doaj-c1dccc9788b744a0b13788ad68658e9c2020-11-25T00:43:59ZengUniversidade Federal de Santa CatarinaINTERthesis1807-13842012-07-019130533310.5007/1807-1384.2012v9n1p30518474Juventude e biopolítica: o poder jovem enquanto objeto de intervenção políticaMarcos Vinicius Goulart0Nair Iracema Silveira dos Santos1Universidade Federal do Rio Grande do SulUniversidade Federal do Rio Grande do Sul - UFGRSProblematiza-se neste artigo, a partir da Psicologia Social, como e em função de quais razões os jovens foram vistos como objeto estratégico de intervenção política global, a partir da década de 1980. Analisando documentos oficiais da Organização das Nações Unidas e outros produzidos no Brasil, sob um referencial genealógico inspirado pelo trabalho filosófico de Michel Foucault, investigou-se uma área tensa que são as práticas direcionadas aos jovens, especialmente os discursos que prescrevem políticas públicas, nos quais eles são tratados como um grupo populacional e, ao mesmo tempo, um grupo politicamente relevante para o progresso social. O poder jovem aparece, aqui, como um analisador importante que visa refletir sobre uma maneira de encarar a força da juventude que, por um lado é considerada incontrolável e, por outro é canalizável, podendo ser utilizada como um recurso estratégico para os países em desenvolvimento. A pesquisa sinalizou que há um deslocamento importante na problemática dos jovens, mostrando que não é mais a força política contestadora que está em jogo, mas uma força positiva que visa ao desenvolvimento político e social e, por conseguinte, esse é o objetivo estratégico das ações governamentais que visam melhorar a vida da população em geral.https://periodicos.ufsc.br/index.php/interthesis/article/view/20145JuventudePolíticas públicasBiopolíticaPoder |
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Problematiza-se neste artigo, a partir da Psicologia Social, como e em função de quais razões os jovens foram vistos como objeto estratégico de intervenção política global, a partir da década de 1980. Analisando documentos oficiais da Organização das Nações Unidas e outros produzidos no Brasil, sob um referencial genealógico inspirado pelo trabalho filosófico de Michel Foucault, investigou-se uma área tensa que são as práticas direcionadas aos jovens, especialmente os discursos que prescrevem políticas públicas, nos quais eles são tratados como um grupo populacional e, ao mesmo tempo, um grupo politicamente relevante para o progresso social. O poder jovem aparece, aqui, como um analisador importante que visa refletir sobre uma maneira de encarar a força da juventude que, por um lado é considerada incontrolável e, por outro é canalizável, podendo ser utilizada como um recurso estratégico para os países em desenvolvimento. A pesquisa sinalizou que há um deslocamento importante na problemática dos jovens, mostrando que não é mais a força política contestadora que está em jogo, mas uma força positiva que visa ao desenvolvimento político e social e, por conseguinte, esse é o objetivo estratégico das ações governamentais que visam melhorar a vida da população em geral. |
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