Summary: | Objetivo: Analisar as percepções de familiares/cuidadores sobre a internação domiciliar de pessoas com doenças crônicas ou em estado terminal na assistência prestada por profissionais de saúde. Métodos: Realizou-se um estudo qualitativo, entre março e abril de 2014, com entrevistas semiestruturadas, no domicílio de pacientes em internação domiciliar, com oito familiares/cuidadores em um município da Bahia, Brasil. Analisaram-se os dados pelo método da análise de conteúdo, que permitiu a apreensão da categoria do estudo – percepções dos familiares/cuidadores de pessoas com dependência de cuidado sobre a internação domiciliar. Resultados: Os entrevistados demonstraram satisfação com a internação domiciliar, pelo cuidado diferenciado desse modo de atenção, pela redução de deslocamentos e por proporcionar conforto e interação entre equipe de saúde, familiares e a pessoa que necessita de cuidados. Além disso, o cuidado é respaldado no respeito à individualidade e à singularidade de cada família. Também viu-se que os entrevistados compreendem o quantitativo de profissionais como insuficiente, havendo necessidade de ampliar a equipe. Assim, convém sensibilizar a equipe sobre a relevância de discutir com familiares/cuidadores sobre seus direitos como cidadãos. Conclusão: O internamento domiciliar, na percepção dos entrevistados, é uma modalidade complementar à hospitalização essencial, uma vez que a equipe domiciliar proporciona um cuidado humanizado e próximo à família. Contudo falas evidenciam que o serviço ofertado a esses pacientes parece ser um favor prestado a eles, e não um direito do paciente de receber esse serviço público de saúde.
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