Avaliação, cognição e poder

A avaliação reflete a concepção de ensino adotada pelo professor e, dependendo de como esse processo é entendido, pode funcionar como mera checagem de um resultado ou focalizar o processo de ensino/aprendizagem. Pode, também, ser usada como um instrumento de poder que demarca a assimetria dos partic...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva, Liliane Assis Sade
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Minas Gerais 2006-01-01
Series:Revista Brasileira de Linguística Aplicada
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-63982006000200003
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spelling doaj-c181da3263f04f9da65ee6405f75f3b22020-11-24T21:21:09ZengUniversidade Federal de Minas GeraisRevista Brasileira de Linguística Aplicada1676-07861984-63982006-01-01623357Avaliação, cognição e poderVera Lúcia Menezes de Oliveira e PaivaLiliane Assis SadeA avaliação reflete a concepção de ensino adotada pelo professor e, dependendo de como esse processo é entendido, pode funcionar como mera checagem de um resultado ou focalizar o processo de ensino/aprendizagem. Pode, também, ser usada como um instrumento de poder que demarca a assimetria dos participantes no ato educativo. Tomando a concepção de poder em Foucault (1989) e associando-a aos contextos de avaliação de acordo com Perrenoud (1999) e Barlow (2006), este artigo procura analisar algumas memórias de aprendizes a partir de uma leitura das pesquisas realizadas na área da Cognição, com base, principalmente, nos trabalhos de Potter (1995), Sutton (2004), Hampson e Morris (1996), e interpretá-las à luz dos novos paradigmas cognitivos que consideram o indivíduo como um ser situado em uma narrativa histórica de práticas sociais, nas quais as relações de poder estão implícitas no ato comunicativo e nas inter-relações pedagógicas.<br>The process of evaluation reflects the concept adopted by teachers towards teaching. Depending on how they understand this process, the evaluation can only check some learning results or focus the process of teaching/learning, or yet, be used as an instrument of power that frames the asymmetry among the participants in the educative act. Taking the concept of power in Foucault (1989) and applying it to evaluation contexts according to Perrenoud (1999) and Barlow (2006), this paper analyzes some learners memories, having as support researches developed in Cognition, mainly the works of Potter (1995), Sutton (2004), Hampson & Morris (1996), interpreting them under the theoretical assumptions of the new cognitive paradigms that consider the self located in a particular social-historical narrative, in which power relations are implicit in the communicative act and in pedagogical practices.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1984-63982006000200003
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