Cartilha de alfabetização e cultura escolar: um pacto secular

No Brasil, a partir da última década do século XIX, com a organização republicana da instrução pública, observa-se o início de um movimento de escolarização das práticas de leitura e escrita e de identificação entre o processo de ensino inicial dessas práticas e a questão dos métodos. A partir de en...

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Bibliographic Details
Main Author: Maria do Rosário Longo Mortatti
Format: Article
Language:English
Published: Centro de Estudos Educação e Sociedade, CEDES
Series:Cadernos Cedes
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-32622000000300004&lng=en&tlng=en
Description
Summary:No Brasil, a partir da última década do século XIX, com a organização republicana da instrução pública, observa-se o início de um movimento de escolarização das práticas de leitura e escrita e de identificação entre o processo de ensino inicial dessas práticas e a questão dos métodos. A partir de então, a cartilha vai-se consolidando como um imprescindível instrumento de concretização dos métodos propostos e, em decorrência, de configuração de determinado conteúdo de ensino, assim como de certas silenciosas, mas operantes, concepções de alfabetização, leitura, escrita e texto, cuja finalidade e utilidade se encerram nos limites da própria escola e cuja permanência se pode observar até os dias atuais. O objetivo deste artigo é, mediante análise dessas questões, problematizar a relação entre cartilha de alfabetização e cultura escolar e seus desdobramentos na história da educação e da alfabetização em nosso país.
ISSN:1678-7110