Opinião 1972-1973: os limites regrados da oposição

1972. Do acordo entre um jornalista e um empresário, e, ao mesmo tempo, de uma tensão entre jornalistas e intelectuais, O jornal Opinião nasce no apogeu da ditadura militar, no final do governo do general Emílio Garrastazu Médici, da iniciativa de um grupo de jornalistas profissionais, especialment...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Eduard Marquardt
Format: Article
Language:Spanish
Published: Universidade Federal de Santa Catarina 1999-01-01
Series:Boletim de Pesquisa NELIC
Subjects:
Online Access:https://periodicos.ufsc.br/index.php/nelic/article/view/1075/826
Description
Summary:1972. Do acordo entre um jornalista e um empresário, e, ao mesmo tempo, de uma tensão entre jornalistas e intelectuais, O jornal Opinião nasce no apogeu da ditadura militar, no final do governo do general Emílio Garrastazu Médici, da iniciativa de um grupo de jornalistas profissionais, especialmente Raimundo Pereira2 que representava a ligação do jornal com a Ação Popular (AP), grupo de linha maoísta em Londres e então na ilegalidade; de Fernando Gasparian, industrial auto-exilado em Londres, articulador da chamada burguesia nacional, um grupo de empresários do setor têxtil, metalúrgico e mineral aliado ao governo Goulart e alijado do poder após 64; e de intelectuais consagrados como Antonio Candido, Antonio Callado, Fernando Henrique Cardoso, Francisco Weffort, Paul Singer, Darcy Ribeiro, Celso Furtado, [Otto Maria Carpeaux, Hélio Jaguaribe, Paulo Francis, Lauro de Oliveira Lima, Jean-Claude Bernadet, Millôr Fernandes e Oscar Niemeyer, muitos deles afastados das universidades pelo regime. É uma época em que florescem os jornais ditos alternativos, ou nanicos, que representam linhas políticas definidas ou alianças provisórias e instáveis. Pasquim, Movimento, Versus, Ex são alguns exemplos destes personagens que vão ocupar por um breve momento o espaço reduzido e concentrado dos jornais brasileiros.
ISSN:1984-784X
1984-784X