Summary: | RESUMO
O presente texto apresenta-se como articulador das principais discussões desenvolvidas na dissertação de mestrado intitulada “Será tão difícil escrever? Ensaio entre a escrita e a escritura: contribuições de Roland Barthes à educação” (2011). Explora a problemática e a concepção de que a leitura, se for atrelada à escritura, pode ser uma potência, fruto de iniciação, uma aventura com generalidade simbólica ligada ao prazer. Ao modo de um ensaio teórico, divide-se em quatro partes: a) 1º gesto, a escrita; b) 2º gesto, a leitura; c) 3º gesto, o prazer envolvido; d) 4º gesto, leituras outras. Desenvolve a tese segundo os preceitos de Roland Barthes (1915/ 1980), com base no grau zero da escrita. Sustenta a importância da escola dar vez à fruição, ao devir e ao ócio criativo, em contrapartida aos exaustivos trabalhos sobre o desenvolvimento da escrita/leitura, que parecem ignorar a aparente ligação que há entre a leitura, a escritura e a vida, através de uma relação em que o escritor/leitor deixa de ter apenas autoria do texto, abrindo mão de ser o autor/usuário e passando a ser usado pela linguagem (em vez de apenas usá-la), de modo corajoso, considerando o outro que está necessariamente imbricado nos discursos que nos constituem diariamente.
Palavras-chave: Leitura. Escrita. Cultura. Roland Barthes.
ABSTRACT
The current text is presented as an articulator of the main discussions developed in the Master's thesis entitled “Is it so hard to write? Essay between writing and essay writing: contributions from Roland Barthes to Education” (2011). It explores the problematic and the conception that reading, if attached to writing, can be an output, fruit of initiation, an adventure with symbolic generality related to pleasure. In a theoretical essay mode, it’s divided into four parts: a) first gesture, the writing; b) 2nd gesture, the reading; c) 3rd gesture, the pleasure involved; d) 4th gesture, other readings. It develops the thesis according to the precepts of Roland Barthes (1915/1980), based on the degree of zero writing. It sustains the importance of the school to give time to fruition, to the future and creative idleness, in contrast to the exhaustive work on the development of reading/writing that seems to ignore the apparent link between reading, writing and life through a relationship in which the writer/reader doesn’t only have the authorship of the text giving up of being the author/user and starting to be used by the language (instead of just using it) bravely, considering the other that is necessarily interwoven in the speeches that form us daily.
Keywords: Reading. Writing. Culture. Roland Barthes.
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