De Eros ao ciborgue
O artigo propõe a formulação de questões sobre a relação entre a filosofia, o conhecimento e o feminino que orbitam a obra de Walter Benjamin como um todo, assim como a de seus interlocutores e interlocutoras. Propomos um caminho que atravessa os seus primeiros escritos sobre a natureza masculina e...
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Universidade Federal de Ouro Preto
2020-09-01
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Series: | Artefilosofia |
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doaj-c017644f488549a7af022a7ef26a69b22021-06-22T13:24:22ZengUniversidade Federal de Ouro Preto Artefilosofia1809-82742526-78922020-09-011529De Eros ao ciborgue Daniel Alves Gilly de Miranda0Juliana de Moraes Monteiro1Universidade Federal de São PauloUFRJ/Faperj O artigo propõe a formulação de questões sobre a relação entre a filosofia, o conhecimento e o feminino que orbitam a obra de Walter Benjamin como um todo, assim como a de seus interlocutores e interlocutoras. Propomos um caminho que atravessa os seus primeiros escritos sobre a natureza masculina e fálica do conhecimento socrático, assim como do conhecimento científico instrumental, até os seus escritos tardios, que propõem uma filosofia da arte que questiona, como dá a ver a sua leitura por Buck-Morss, os pressupostos masculinos subjacentes aos principais mitos fundadores da Estética enquanto disciplina filosófica moderna. A partir de suas reflexões sobre materialismo, arte e corpo humano, relacionamos a estética benjaminiana a um esforço de pensar novas relações entre natureza e cultura fora do imperativo de dominação que caracteriza o conhecimento instrumental masculino e a função social que a arte ocupa para este. É neste sentido também que articulamos uma aproximação entre a necessidade de pensar o aparelho sensorial humano no atravessamento com a tecnologia e a cultura, fundamento da estética de Walter Benjamin, e o ensaio "Manifesto ciborgue", de Donna Haraway, no qual a autora propõe uma politização do feminismo a partir de uma imagem que recusa qualquer matriz identitária natural e para a qual nenhuma construção é uma totalidade. https://www.periodicos.ufop.br/raf/article/view/4300BenjaminErosEstéticaCorpoFeminino |
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Daniel Alves Gilly de Miranda Juliana de Moraes Monteiro |
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O artigo propõe a formulação de questões sobre a relação entre a filosofia, o conhecimento e o feminino que orbitam a obra de Walter Benjamin como um todo, assim como a de seus interlocutores e interlocutoras. Propomos um caminho que atravessa os seus primeiros escritos sobre a natureza masculina e fálica do conhecimento socrático, assim como do conhecimento científico instrumental, até os seus escritos tardios, que propõem uma filosofia da arte que questiona, como dá a ver a sua leitura por Buck-Morss, os pressupostos masculinos subjacentes aos principais mitos fundadores da Estética enquanto disciplina filosófica moderna. A partir de suas reflexões sobre materialismo, arte e corpo humano, relacionamos a estética benjaminiana a um esforço de pensar novas relações entre natureza e cultura fora do imperativo de dominação que caracteriza o conhecimento instrumental masculino e a função social que a arte ocupa para este. É neste sentido também que articulamos uma aproximação entre a necessidade de pensar o aparelho sensorial humano no atravessamento com a tecnologia e a cultura, fundamento da estética de Walter Benjamin, e o ensaio "Manifesto ciborgue", de Donna Haraway, no qual a autora propõe uma politização do feminismo a partir de uma imagem que recusa qualquer matriz identitária natural e para a qual nenhuma construção é uma totalidade.
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