Acanthosis nigricans em mulheres obesas de uma população miscigenada: um marcador de distúrbios metabólicos Acanthosis nigricans in obese women in a mixed-race population: a marker of metabolic disturbances
FUNDAMENTOS:Acanthosis nigricans (AN) tem sido associada a diversos distúrbios metabólicos e endócrinos. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo é avaliar a freqüência das co-morbidades da síndrome metabólica em mulheres obesas de uma população miscigenada com AN, comparada a um grupo sem AN. CASUÍSTICA...
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Sociedade Brasileira de Dermatologia
2002-10-01
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Series: | Anais Brasileiros de Dermatologia |
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Leila Maria Batista Araújo Adriano Moura Costa de Viveiros Renata Cruz Lopes Aldenice de Carvalho Viana Rosa T Fukui Mileni J M Ursich |
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Leila Maria Batista Araújo Adriano Moura Costa de Viveiros Renata Cruz Lopes Aldenice de Carvalho Viana Rosa T Fukui Mileni J M Ursich Acanthosis nigricans em mulheres obesas de uma população miscigenada: um marcador de distúrbios metabólicos Acanthosis nigricans in obese women in a mixed-race population: a marker of metabolic disturbances Anais Brasileiros de Dermatologia Acantose nigricans diabetes mellitus não insulino-dependente metabolismo obesidade raças resistência à insulina Acanthosis nigricans diabetes mellitus non-insulin-dependent metabolism obesity racial stocks insulin resistance |
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FUNDAMENTOS:Acanthosis nigricans (AN) tem sido associada a diversos distúrbios metabólicos e endócrinos. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo é avaliar a freqüência das co-morbidades da síndrome metabólica em mulheres obesas de uma população miscigenada com AN, comparada a um grupo sem AN. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram estudadas 481 mulheres, consecutivamente admitidas em um ambulatório de obesidade (388 com AN e 93 sem AN) e submetidas ao teste de tolerância à glicose oral, excetuando-se 20, que já se sabiam diabéticas. RESULTADOS: A distribuição segundo a raça indicou 34,5% de brancas, 38,9% de pardas e 26,6% de negras. A freqüência global de AN foi de 80,7%, sendo fortemente maior nas negras versus brancas (90,6 % e 66,9%, p=0,000000) e negras versus pardas (86% e 90,6%, p= 0,000006). Foi também maior nas pardas versus brancas (86% e 66,9%, p<0,02). As pacientes com AN eram mais jovens (35 + 10 versus 38 + 10 anos, p < 0,01), mais obesas (41 + 6 versus 39 + 6 kg/m², p<0.01), tinham maior circunferência de cintura, maior freqüência de obesidade andróide, de diabetes tipo 2 (11,1% versus 4,3%, p=0,05), maiores níveis de insulina de jejum e de resistência insulina (Homa IR) do que aquelas sem AN. As freqüências de hipertensão diastólica e alterações do colesterol total e frações e de triglicérides entre os grupos foram similares. CONCLUSÃO: Em mulheres obesas de uma população miscigenada, AN foi mais freqüente nas de raça negra e parda e foi observada maior freqüência de co-morbidades da síndrome metabólica em comparação à população sem AN. As mulheres obesas com AN devem ser investigadas para distúrbios metabólicos, mesmo sendo jovens.<br>BACKGROUND: Acanthosis nigricans (AN) has been associated with various metabolic and endocrine disturbances. OBJECTIVE: TThe objective of this study is to evaluate the frequency of metabolic syndrome clusters in a group of obese mixed-race women with AN as compared to a group without AN. SUBJECTS AND METHODS: 481 women consecutively admitted to an outpatient obesity clinic were studied: 388 with AN, and 93 without AN. Except for 20 diabetic patients, all patients were submitted to an oral glucose tolerance test (75 g). RESULTS: The skin color distribution was 34.5% white, 38.9% mulatto and 26.6% black. The global frequency of AN was 80.7%. AN frequency was significantly higher in black versus white and black versus mulatto (90.6 % and 66.9%, p = 0.000006). It was also higher in mulatto versus white (86% and 66.9%, p<0,02). The AN group was younger (35 + 10 years versus 38 + 10 years, p < 0,01) and heavier (41 + 6 kg/m² versus 39 + 6 kg/m², p<0.01). It consisted of larger waist circumference and higher frequency android obesity, with type 2 diabetes (11% versus 4.3%, p=0.05), higher fasting insulin levels and insulin resistance (HOMA IR) than the group without AN. The frequencies of diastolic hypertension and disturbances of total cholesterol and triglyceride levels in the group with AN were similar to the group without AN. CONCLUSION: Among obese women from a multi-race population, a higher frequency of AN was observed in black and mulatto women. A higher number of metabolic syndrome clusters was observed in the group with AN than in the group without AN. Thus, obese patients with AN should be targeted for screening metabolic disturbances, even at a young age. |
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doaj-bfeb4dd2dc5a4c6bad3cb2c61245b0d42020-11-24T23:25:16ZengSociedade Brasileira de DermatologiaAnais Brasileiros de Dermatologia0365-05961806-48412002-10-0177553754310.1590/S0365-05962002000500003Acanthosis nigricans em mulheres obesas de uma população miscigenada: um marcador de distúrbios metabólicos Acanthosis nigricans in obese women in a mixed-race population: a marker of metabolic disturbancesLeila Maria Batista AraújoAdriano Moura Costa de ViveirosRenata Cruz LopesAldenice de Carvalho VianaRosa T FukuiMileni J M UrsichFUNDAMENTOS:Acanthosis nigricans (AN) tem sido associada a diversos distúrbios metabólicos e endócrinos. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo é avaliar a freqüência das co-morbidades da síndrome metabólica em mulheres obesas de uma população miscigenada com AN, comparada a um grupo sem AN. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram estudadas 481 mulheres, consecutivamente admitidas em um ambulatório de obesidade (388 com AN e 93 sem AN) e submetidas ao teste de tolerância à glicose oral, excetuando-se 20, que já se sabiam diabéticas. RESULTADOS: A distribuição segundo a raça indicou 34,5% de brancas, 38,9% de pardas e 26,6% de negras. A freqüência global de AN foi de 80,7%, sendo fortemente maior nas negras versus brancas (90,6 % e 66,9%, p=0,000000) e negras versus pardas (86% e 90,6%, p= 0,000006). Foi também maior nas pardas versus brancas (86% e 66,9%, p<0,02). As pacientes com AN eram mais jovens (35 + 10 versus 38 + 10 anos, p < 0,01), mais obesas (41 + 6 versus 39 + 6 kg/m², p<0.01), tinham maior circunferência de cintura, maior freqüência de obesidade andróide, de diabetes tipo 2 (11,1% versus 4,3%, p=0,05), maiores níveis de insulina de jejum e de resistência insulina (Homa IR) do que aquelas sem AN. As freqüências de hipertensão diastólica e alterações do colesterol total e frações e de triglicérides entre os grupos foram similares. CONCLUSÃO: Em mulheres obesas de uma população miscigenada, AN foi mais freqüente nas de raça negra e parda e foi observada maior freqüência de co-morbidades da síndrome metabólica em comparação à população sem AN. As mulheres obesas com AN devem ser investigadas para distúrbios metabólicos, mesmo sendo jovens.<br>BACKGROUND: Acanthosis nigricans (AN) has been associated with various metabolic and endocrine disturbances. OBJECTIVE: TThe objective of this study is to evaluate the frequency of metabolic syndrome clusters in a group of obese mixed-race women with AN as compared to a group without AN. SUBJECTS AND METHODS: 481 women consecutively admitted to an outpatient obesity clinic were studied: 388 with AN, and 93 without AN. Except for 20 diabetic patients, all patients were submitted to an oral glucose tolerance test (75 g). RESULTS: The skin color distribution was 34.5% white, 38.9% mulatto and 26.6% black. The global frequency of AN was 80.7%. AN frequency was significantly higher in black versus white and black versus mulatto (90.6 % and 66.9%, p = 0.000006). It was also higher in mulatto versus white (86% and 66.9%, p<0,02). The AN group was younger (35 + 10 years versus 38 + 10 years, p < 0,01) and heavier (41 + 6 kg/m² versus 39 + 6 kg/m², p<0.01). It consisted of larger waist circumference and higher frequency android obesity, with type 2 diabetes (11% versus 4.3%, p=0.05), higher fasting insulin levels and insulin resistance (HOMA IR) than the group without AN. The frequencies of diastolic hypertension and disturbances of total cholesterol and triglyceride levels in the group with AN were similar to the group without AN. CONCLUSION: Among obese women from a multi-race population, a higher frequency of AN was observed in black and mulatto women. A higher number of metabolic syndrome clusters was observed in the group with AN than in the group without AN. Thus, obese patients with AN should be targeted for screening metabolic disturbances, even at a young age.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962002000500003Acantose nigricansdiabetes mellitus não insulino-dependentemetabolismoobesidaderaçasresistência à insulinaAcanthosis nigricansdiabetes mellitus non-insulin-dependentmetabolismobesityracial stocksinsulin resistance |