Consumo alimentar dos portadores de Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica: comparação entre a presença e a ausência de Esteatoepatite Não Alcoólica e Síndrome Metabólica

RESUMO Objetivo O objetivo desse estudo foi avaliar o consumo alimentar de portadores de Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica, comparar com as recomendações nutricionais diárias e analisar a correlação da dieta com a presença de Síndrome Metabólica e com a gravidade da doença, uma vez que estudo...

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Bibliographic Details
Main Authors: Fany Govetri Sena CRISPIM, Maria Cristina ELIAS, Edison Roberto PARISE
Format: Article
Language:English
Published: Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Series:Revista de Nutrição
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732016000400495&lng=en&tlng=en
Description
Summary:RESUMO Objetivo O objetivo desse estudo foi avaliar o consumo alimentar de portadores de Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica, comparar com as recomendações nutricionais diárias e analisar a correlação da dieta com a presença de Síndrome Metabólica e com a gravidade da doença, uma vez que estudos sobre os hábitos alimentares dos portadores de Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica ainda são escassos na literatura. Métodos Nesse estudo foram avaliados, inicialmente, 158 pacientes com diagnóstico de Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica. Analisou-se exames laboratoriais, biópsia hepática, dados antropométricos e consumo dietético (registro alimentar de três dias). Dentre os pacientes avaliados, alguns já haviam sido orientados nutricionalmente e foram divididos em dois grupos: "sem dieta" e "com dieta". Para o cálculo de comparações de médias entre os grupos estudados, empregou-se o teste t de Student, considerando o nível de significância de 5% (a£0,05). Resultados Do total inicial de participantes, 59 apresentavam modificação significativa da dieta a partir de alguma orientação nutricional prévia e, por isso, foram excluídos da análise. Dos 99 pacientes restantes, quando confrontados com a ingestão dietética recomendada, 26% apresentavam maior ingestão energética e 80%, de ácidos graxos saturados, além de deficiente ingestão de ácidos graxos poli-insaturados e monoinsaturados, fibras e vitamina E, confirmando estudos prévios nessa mesma população. Entretanto, não foram encontradas diferenças significativas na dieta desses pacientes quando divididos de acordo com a presença ou ausência de Síndrome Metabólica e Esteatoepatite Não Alcoólica. Conclusão Esses dados, à luz dos conhecimentos atuais, sugerem que a dieta, especialmente quando rica em ácidos graxos saturados e deficiente em fibras e vitaminas antioxidantes, pode ter importante papel no aparecimento da Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica, mas que outros fatores exercem papel mais relevante na sua progressão para a Esteatoepatite Não Alcoólica.
ISSN:1678-9865