Summary: | <p>Nos últimos anos, o paradigma da complexidade tem despertado a atenção de pesquisadores da área de Linguística Aplicada, em especial no que se refere a investigações voltadas a ambientes interacionais de aprendizagem de línguas. Até o momento presente, todavia, não se tem conhecimento de estudos fundamentados por esse paradigma direcionados ao ensino formal de línguas indígenas. A fim de contribuir com a área em questão, este artigo tem como objetivo analisar o discurso de quatro professores indígenas da Escola Pẽmptykre Parkatêjê que atende indígenas de mesma denominação, localizada na Reserva Indígena Mãe Maria, a sudeste do Estado do Pará. A análise ancora questões de identidade aos postulados da complexidade, a fim de contribuir com um novo enfoque para a aprendizagem da língua Parkatêjê e, em consequência, com o seu fortalecimento e a sua preservação. Configura-se, assim, como uma pesquisa de abordagem qualitativa. As reflexões evidenciam que, no momento contemporâneo, a aprendizagem formal do Parkatêjê, entendendo essa língua e seus aprendentes como sistemas complexos, portanto, dinâmicos e não lineares, não pode permanecer circunscrita ao paradigma tradicional de ensino, mais que isso, torna-se imperioso também trabalhar a sua inteireza, à luz da complexidade.</p><p><strong>Palavras-chave:</strong> complexidade, identidade, língua Parkatêjê.</p>
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