Summary: | Coexistimos sob o signo da ultravelocidade, em um emaranhado de redes infoeletr&ocirc;nicas, sat&eacute;lites e fibras &oacute;ticas. Diante de nossas retinas, sucede-se um turbilh&atilde;o de imagens, sons e dados que ora nos convence de que somos privilegiados pela abund&acirc;ncia, ora nos atordoa com a impress&atilde;o de que jamais conseguiremos reter uma &iacute;nfima parte desse aluvi&atilde;o informacional. Porque tudo &eacute; perturbadoramente veloz e imediato. O tempo real se dilui e se restaura sem direito a intervalos. As informa&ccedil;&otilde;es, mal chegaram, j&aacute; est&atilde;o de partida. A separa&ccedil;&atilde;o entre pr&oacute;ximo e distante desaparece no que Paul Virilio classifica de &ldquo;varredura eletr&ocirc;nica&rdquo;. <span>&nbsp;</span>&nbsp;As tecnologias sedimentam um regime de temporalidade &uacute;nica, assentado na veicula&ccedil;&atilde;o instant&acirc;nea e transversal de informa&ccedil;&otilde;es que se generalizam sem correspond&ecirc;ncias cronol&oacute;gicas ou cartogr&aacute;ficas.
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